- Introdução
A sinusite odontogênica (SOsinusite odontogênica) e a fístula bucossinusal (FBSfístula bucossinusal) integram um grupo denominado complicações decorrentes de doença ou tratamento dentário, bem conhecido tanto por otorrinolaringologistas quanto por dentistas, embora sejam frequentemente subdiagnosticadas.
Ambas são entidades que diferem dos outros tipos de rinossinusite (RSrinossinusite) em relação à fisiopatogenia, ao diagnóstico e ao tratamento, embora apresentem quadro clínico muito semelhante. A própria nomenclatura já deixa clara essa diferença em termos de fisiopatogenia ao renunciar ao sufixo “rino”, já que os processos não se iniciam pela mucosa nasal.
Por ter uma causa específica e localizada, a chance de êxito no tratamento de uma SOsinusite odontogênica é muito maior do que de uma rinossinusite crônica (RSCrinossinusite crônica) com ou sem polipose, por exemplo, na qual muitos outros fatores sistêmicos estão envolvidos. O grande problema está justamente na falha diagnóstica — seja pela falta de suspeição por parte do otorrinolaringologista, seja pela falha do dentista em encontrar a alteração dentária causadora do processo infeccioso.
É necessária, portanto, uma mudança de mindset em relação ao raciocínio diagnóstico para que seja realizado precocemente em casos de SOsinusite odontogênica. Para isso, é imprescindível o conhecimento da apresentação clínica e dos sinais de alerta, que devem sempre direcionar o pensamento para a doença correta.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- definir os principais aspectos da SOsinusite odontogênica e da FBSfístula bucossinusal;
- caracterizar os elementos da fisiopatologia da SOsinusite odontogênica e da FBSfístula bucossinusal;
- reconhecer o papel dos implantes e de outros procedimentos dentários na fisiopatologia da sinusite maxilar;
- avaliar a aplicabilidade dos métodos diagnósticos da SOsinusite odontogênica e da FBSfístula bucossinusal;
- discutir a abordagem da SOsinusite odontogênica e da FBSfístula bucossinusal;
- conduzir o manejo terapêutico de precisão em cada patologia de forma personalizada, preditiva, preventiva e participativa;
- atualizar e aprimorar conceitos relacionados a esse tema intrigante e desafiador.
- Esquema conceitual