- Introdução
Tumor de células cromafins da superfície do bulbo da veia jugular interna, o paraganglioma jugular é o tumor benigno mais comum do osso temporal. Situa-se ou tem sua origem no forâmen jugular e, então, expande-se para a região cervical, o osso temporal, o clivo e a fossa cerebral posterior.
O paraganglioma jugular é similar, em sua histologia, a outros paragangliomas, como os carotídeos e timpânicos, e sua origem e história natural fazem desse tumor benigno um enorme desafio clínico aos médicos e pacientes.
Pode ser ativo endocrinologicamente (menos de 3% dos casos), secretando adrenalina, noradrenalina e dopamina, alterando ou deixando instável a pressão arterial (PApressão arterial) dos pacientes. O ácido vanilmandélico positivo na urina determina as formas secretoras.
Há descrições de malignidade, porém são muito raras e não se encontra, na literatura, incidência determinada. Na experiência do autor deste capítulo, apenas um paraganglioma maligno foi operado, em uma paciente que o havia irradiado há mais de 20 anos.
O paraganglioma jugular ocorre tipicamente em mulheres (6,7:1) jovens ou de meia-idade, pode ser familiar (autossômico dominante) e ainda ocorrer múltiplos tumores em 5 a 10% dos pacientes (carotídeos e jugulares, bilaterais ou não).
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- definir a conduta nos tumores glômicos do forâmen jugular;
- identificar a história natural, o manejo, o pré-tratamento e a cirurgia do paraganglioma jugular.
- Esquema conceitual