- Introdução
A rinossinusite crônica (RSCrinossinusite crônica) é a inflamação sintomática e persistente da mucosa do nariz e dos seios paranasais, na interface desta com o meio ambiente.
A associação entre asma e RSCrinossinusite crônica é bem estabelecida, mas a prevalência de outras doenças inflamatórias crônicas na população com RSCrinossinusite crônica não se mostrou significativa, o que sugere que a inadequação da resposta imune seja mediada por um processo inflamatório centrado na mucosa respiratória.
O diagnóstico clínico da RSCrinossinusite crônica é definido por, pelo menos, dois dos seguintes sintomas, por mais de 12 semanas, mas um dos dois primeiros deve estar sempre presente:
- congestão/obstrução nasal;
- secreção nasal anterior e/ou gotejamento posterior;
- dor facial;
- hiposmia.
É necessária, além da presença desses sintomas, a evidência objetiva de acometimento nasossinusal por meio de um dos seguintes exames:1
- endoscopia nasal — presença de pólipos no meato médio, edema de mucosa ou secreção mucopurulenta;
- tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada) — presença de velamento das cavidades paranasais, nasais ou do complexo ostiomeatal.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- reconhecer a terapia medicamentosa apropriada para RSCrinossinusite crônica;
- compreender o modo de ação dos macrolídeos aplicado à fisiopatologia da RSCrinossinusite crônica;
- identificar o paciente que melhor responde à antibioticoterapia por longo prazo e o melhor momento para iniciá-la;
- identificar os exames a serem solicitados antes da prescrição de antibióticos por longo prazo;
- reconhecer as contraindicações e os efeitos adversos do uso prolongado dos macrolídeos.
- Esquema conceitual