Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as principais plantas medicinais utilizadas para o tratamento complementar do diabetes melito tipo 2 (DM2);
- reconhecer os grupos de fitoquímicos responsáveis pelo efeito desejado, sua bioatividade e todos os desdobramentos químicos dessa resposta;
- identificar possíveis efeitos colaterais e listar as plantas a serem prescritas para a individualidade de cada paciente;
- discutir a maneira adequada de prescrição de fitoterápicos para o tratamento complementar do DM2.
Esquema conceitual
Introdução
O DM tem sido considerado uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença metabólica apresenta alto risco de morbidade e mortalidade em razão do processo inflamatório associado, afetando mais de 422 milhões de pessoas no mundo e representando 1,6 milhão de mortes por ano.
No País, dados do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 9% dos brasileiros apresentam diabetes diagnosticado, e o número de casos teve aumento de 60% entre 2006 e 2016.1
Nas medicinas tradicionais, como a chinesa e a indiana, várias plantas são aplicadas para controle da glicemia. Com os avanços das pesquisas científicas, diversos novos bioativos isolados de plantas medicinais demonstraram atividade antidiabética, tão potente quanto a de agentes hipoglicemiantes orais conhecidos, como a metformina e a glibenclamida, mas com menores efeitos colaterais.2
Neste capítulo, é apresentada detalhadamente a atuação de fitoterápicos como ferramenta complementar ao tratamento dos pacientes com resistência à insulina e DM.