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FRATURAS AGUDAS DO ESCAFOIDE

Autores: Gustavo Pacheco Martins Ferreira, Yuri Vinicius Teles Gomes
epub-BR-PROATO-C20V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • analisar as características anatômicas importantes para o tratamento das fraturas do escafoide;
  • identificar os métodos diagnósticos possíveis para as fraturas do escafoide e estabelecer quando e como utilizar cada método;
  • classificar as fraturas do escafoide, a fim de direcionar seu tratamento;
  • indicar os métodos de tratamento das fraturas do escafoide, suas vantagens e desvantagens, identificando a melhor opção de acordo com as características da fratura.

Esquema conceitual

Introdução

As fraturas agudas do escafoide representam cerca de 60 a 70% de todas as fraturas dos ossos do carpo, acometendo mais frequentemente a mão dominante de pacientes do sexo masculino (82%), jovens na segunda ou terceira década de vida, sendo comuns em praticantes de esporte. Cerca de 59% dessas fraturas ocorrem durante a prática de atividades esportivas.1,2

A incidência é de 1,47 por 100 mil habitantes nos EUA e corresponde a cerca de 11% de todas as fraturas do punho e da mão. Nas crianças, o acometimento é raro e representa somente 3% das fraturas nessa localização.3

A fratura aguda do escafoide pode se apresentar associada a outras lesões do punho, como, por exemplo, as fraturas distais do rádio, as fraturas do trapézio e as lesões ligamentares do carpo (Figura 1).

FIGURA 1: Radiografia do punho mostrando uma fratura distal do rádio associada à fratura do colo do escafoide.

// Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Apesar da sua grande frequência, principalmente após mecanismo de queda com a mão espalmada, a fratura do escafoide normalmente tem sintomatologia discreta e se apresenta com radiografias normais em 10 a 15% dos casos, podendo passar desapercebida no primeiro atendimento.3

A ausência do tratamento leva, em longo prazo, à evolução para artrose e colapso do carpo com grande sintomatologia e limitação funcional; logo, para se evitar esse quadro clínico, é de suma importância a suspeição e o diagnóstico adequado.

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