- Introdução
Conhecer os fenômenos de hipotensão postural e intolerância ortostática é fundamental para que o fisioterapeuta possa ter capacidade para atuar junto a eventos que ocorrem com certa frequência em indivíduos normais e em indivíduos portadores de doença cardiovascular (DCV). Ambos os fenômenos resultam, invariavelmente, em síncope.
Síncope é definida como uma perda transitória e autolimitada da consciência, seguida de recuperação espontânea sem intervenção terapêutica e, habitualmente, acompanhada de perda do tônus postural.
Segundo o estudo de Framingham, baseado no seguimento de 7.814 indivíduos por 17 anos, a incidência de síncope foi de 6,2:1.000 pessoas/ano. A etiologia mais frequente foi a neuromediada, correspondendo a 21,2% dos casos.2 Conforme o relato de Engel, a única diferença entre síncope e morte súbita seria o fato de que na primeira hipótese, o paciente acorda. 1
- Objetivos
Ao final do artigo, o leitor estará apto a:
- revisar os mecanismos de controle da circulação frente ao estresse postural;
- compreender as respostas ao teste de inclinação passiva (tilt table test);
- estabelecer as potenciais diferenças entre hipotensão postural, intolerância ortostática e síncope;
- compreender a relação entre o envelhecimento, as doenças neurológicas e a perda da capacidade de permanecer em pé;
- compreender os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na perda de capacidade de tolerância ortostática;
- estabelecer intervenções terapêuticas não farmacológicas, no sentido de minimizar o evento de perda de consciência (síncope).
- Esquema conceitual