- Introdução
As doenças cardiovasculares e respiratórias se destacam como as principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo e representam causa importante de incapacidade física e invalidez.1 Dessa forma, é fundamental que o fisioterapeuta, aliado à equipe multiprofissional, seja capaz de identificar as melhores estratégias para o manejo dessas doenças, de forma a minimizar o impacto social, tanto com relação aos custos gerais como à funcionalidade e à qualidade de vida desses indivíduos.
Nesse contexto, a assistência ventilatória não invasiva (VNIventilatória não invasiva) tem se consolidado como importante recurso terapêutico empregado a esses pacientes em condições agudizadas. No entanto, mais recentemente, a VNIventilatória não invasiva tem sido utilizada como coadjuvante à reabilitação física nesses pacientes, auxiliando, principalmente, na redução da dispneia e no aumento da tolerância ao exercício físico e proporcionando melhores adaptações fisiológicas frente ao treinamento físico (TFtreinamento físico).2,3
Desse modo, este artigo se destina a esclarecer e atualizar os profissionais de saúde sobre esse recurso coadjuvante à prática de exercício físico nas diversas populações dentro do contexto das disfunções cardiovasculares e respiratórias crônicas e, consequentemente, a orientar a prática profissional, para que seja mais consciente, explícita e criteriosa.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- compreender os potenciais efeitos fisiológicos da VNIventilatória não invasiva como estratégia coadjuvante ao exercício físico em pacientes com doenças respiratórias e/ou cardiovasculares crônicas;
- reconhecer os efeitos agudos da aplicação da VNIventilatória não invasiva durante o exercício físico em cardiopatas e pneumopatas crônicos;
- implantar a utilização da VNIventilatória não invasiva durante programas de TFtreinamento físico de pacientes com doenças respiratórias e/ou cardiovasculares crônicas.
- Esquema conceitual