Entrar

Esse conteúdo é exclusivo para assinantes do programa.

HIPOXEMIA NA UTI: MECANISMOS E ESTRATÉGIAS DE GERENCIAMENTO DURANTE A MOBILIZAÇÃO DE PACIENTES CRÍTICOS

Autores: Gláucia Cópio Vieira, Giovani Bernardo Costa, Joice Gomide Nolasco de Assis
epub-BR-PROFISIO-ADUL-C15V2_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • avaliar os aspectos fisiológicos e fisiopatológicos da hipoxemia induzida pelo esforço;
  • identificar as características e os sistemas da oxigenoterapia;
  • revisar conceitos importantes sobre mobilização precoce;
  • descrever diferentes mecanismos de hipoxemia no paciente crítico livre de ventilação mecânica em diversos quadros clínicos;
  • propor mecanismos e estratégias de gerenciamento da dessaturação no paciente crítico.

Esquema conceitual

Introdução

A proporção de pacientes hipoxêmicos tratados com oxigenoterapia de baixo ou de alto fluxo, sem necessidade de ventilação mecânica, não está clara. No entanto, alguns estudos demonstram que mais da metade dos pacientes em unidades de terapia intensiva (UTIs) pode apresentar hipoxemia, tornando essa condição comum nesse cenário.1

Nesse contexto, existem vários mecanismos que podem levar à hipoxemia, como incompatibilidade da ventilação/perfusão (V/Q), shunt, comprometimento da difusão, hipoventilação e baixa pressão de oxigênio (PO2) inspirado.2 Esses mecanismos podem ser afetados tanto pela agudização de quadros clínicos pulmonares e/ou extrapulmonares como pela exacerbação de doenças crônicas preexistentes nos pacientes de UTI.

Algumas situações — como mudanças de decúbito, mobilização e posicionamento do paciente no leito — podem influenciar os mecanismos mencionados e contribuir para a flutuação da saturação de oxigênio.3 Assim, é necessário que o fisioterapeuta compreenda os diferentes mecanismos subjacentes à hipoxemia e as possíveis respostas de oxigenação durante a mobilização de pacientes tratados com diferentes dispositivos de oxigenoterapia de baixo ou alto fluxos.4

×