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IDOSOS CUIDADORES: VULNERABILIDADES E POTENCIALIDADES

Jack Roberto Silva Fhon

Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues

Francine Golghetto Casemiro

Cristina Mara Zamarioli

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • avaliar o desempenho do idoso como cuidador;
  • identificar as vulnerabilidades e potencialidades do idoso no processo de envelhecimento;
  • descrever o tipo de cuidado prestado e a sobrecarga do cuidado pelo idoso cuidador à pessoa;
  • relacionar as vulnerabilidades (fragilidades) e potencialidades no idoso cuidador no cuidado à pessoa.

Esquema conceitual

Introdução

As populações ao redor do mundo estão envelhecendo rapidamente. O envelhecimento apresenta desafios e oportunidades que já implicam o aumento da demanda por cuidados primários de saúde e cuidados de longo prazo. Isso exigirá uma força de trabalho maior e mais bem treinada e intensificará a necessidade de que os ambientes se tornem mais amigáveis para o idoso.1

O envelhecimento populacional está prestes a se tornar uma das mudanças sociais mais significativas do século XXI, que repercutirá em quase todos os setores da sociedade, incluindo os mercados de trabalho e financeiro, a demanda por bens e serviços, como habitação, transporte e proteção social, bem como estruturas familiares e laços intergeracionais.2

De acordo com dados do World Population Prospects, em 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos (16%), acima de uma em cada 11 em 2019 (9%). Em 2050, uma em cada quatro pessoas que vivem na Europa e na América do Norte poderá ter 65 anos ou mais. Em 2018, pela primeira vez na história, as pessoas com 65 anos ou mais ultrapassaram o número de crianças com menos de cinco anos no mundo. Prevê-se que o número de pessoas com 80 anos ou mais seja triplicado, de 143 milhões em 2019 para 426 milhões em 2050.2

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018 foi verificado que a população maior de 65 anos era de 19,2 milhões (9,2%) e, para 2060, esse número atingirá 52,2 milhões (25,5%) na população geral brasileira.3 Com as mudanças demográficas e epidemiológicas, existe a tendência do aumento do número de idosos que cuidam de outros idosos, sendo estes familiares, em sua maioria. O cuidado familiar é uma questão de prioridade nacional, com implicações para indivíduos, famílias e sociedade.4

Em 2014, quase 34 milhões de pessoas prestaram assistência, suporte ou serviços não remunerados a um adulto com mais de 50 anos ao longo de 12 meses.4 O cuidado familiar nos Estados Unidos foi avaliado em cerca de 470 bilhões de dólares, assumindo uma taxa horária equivalente a 12,51 dólares por hora pelas quase 37 bilhões de horas fornecidas em 2013.5

Diante desse cenário, é importante que se compreenda o envelhecimento, suas vulnerabilidades e suas potencialidades e se analisem conceitos como o de idoso cuidador e os fatores associados a essa atividade. Ademais, é fundamental reconhecer a importância do cuidado e suas implicações no cuidador.

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