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IMUNIZAÇÕES NO ADULTO E NO IDOSO

Autores: Elise Botteselle de Oliveira, Laura Ferraz dos Santos
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  • Introdução

Os vírus e bactérias que causam doenças e mortes evitáveis por imunização ainda existem e podem ser transmitidos a pessoas desprotegidas ou, quando não circulantes em uma localidade, podem ser importados de outros países.1

A imunização é hoje um dos meios mais seguros, econômicos e poderosos de prevenir mortes e melhorar vidas. Ao longo dos anos, todos os países do mundo incorporaram uma agenda de imunização cada vez mais ampla em suas intervenções de saúde pública. Atualmente, os programas de imunização atingem mais de 80% das crianças com menos de um ano de idade. A descoberta, a pesquisa e o desenvolvimento contínuos de vacinas novas e aprimoradas tornaram a imunização ainda mais eficaz no combate às principais causas de doenças e mortes na infância.2

Como as doenças estão sendo controladas com sucesso por meio da imunização infantil, a necessidade de aumentar a imunidade para sustentar e estender esses ganhos está sendo cada vez mais reconhecida. Nos últimos anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou o número de vacinas recomendadas para além da infância, atendendo, assim, às necessidades de saúde da população ao longo do tempo e fornecendo oportunidades adicionais para integração com outras intervenções apropriadas à faixa etária. Trata-se de um objetivo estratégico para que os benefícios da imunização sejam estendidos, de forma equitativa, a todas as pessoas.3

Surtos de doenças preveníveis por imunização identificados recentemente são um lembrete oportuno de que os ganhos conquistados com dificuldade são facilmente perdidos. Sem atenção constante, os sistemas nacionais de imunização podem se deteriorar facilmente.2

No Brasil, em consonância com o princípio da integralidade, o Programa Nacional de Imunizações (PNIPrograma Nacional de Imunizações) chega à população por meio de salas de vacinação situadas dentro dos serviços de atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde) e, desde 2004, por intermédio da Portaria do Ministério da Saúde nº 597, de 8 de abril de 2004, tem instituído o calendário de vacinação do adulto e do idoso.4

Somente altas e homogêneas coberturas poderão produzir impacto no comportamento epidemiológico das doenças imunopreveníveis; portanto, não podem repousar em esforços únicos ou de curto prazo. É necessário maior entendimento das estratégias para aumentar e manter os níveis de imunização.5

É essencial que gestores e profissionais de saúde reconheçam e reafirmem a vacinação como ação intrinsecamente vinculada à APSatenção primária à saúde, como um cuidado preventivo de promoção e de proteção da saúde. A vacinação deve ser reconhecida como uma ação dinâmica de saúde pública realizada por uma equipe na qual o vacinador é peça-chave, mas que não prescinde da atuação e da intervenção dos demais profissionais.5

Em paralelo, a rede privada de saúde oferece a possibilidade de ampliar a proteção individual, por meio da administração de outras vacinas, não disponíveis na rede pública, as quais não fazem parte dos objetivos desse capítulo.

Situações especiais sobre vacinação de pessoas portadoras de doenças crônicas, gestantes, lactantes e indígenas também não serão abordadas neste capítulo.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os princípios da imunização;
  • reconhecer a rotina de imunização e as vacinas disponíveis para adultos e idosos;
  • identificar as vacinas necessárias para profissionais de saúde;
  • orientar a vacinação de viajantes;
  • identificar a conduta vacinal nas situações de profilaxia pós-exposição (PEPprofilaxia pós-exposição).

 

  • Esquema conceitual
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