Introdução
A insulina é um hormônio hipoglicemiante produzido pelas células beta pancreáticas, isolada pela primeira vez em 1922 por Banting e Best em Toronto, Canadá. Historicamente, a insulina está associada à diminuição dos níveis de “açúcar no sangue”, a glicemia, no entanto possui efeitos importantes no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras.1
Sabe-se que a insulina também atua no armazenamento do excesso de energia proveniente dos alimentos. Quando há excesso de carboidratos, a insulina armazena a glicose em forma de glicogênio no fígado e nos músculos. Todo excesso que não é transformado em glicogênio é convertido pela insulina em gordura, a qual é armazenada no tecido adiposo. Quando há excesso de proteínas, a insulina promove a captação de aminoácidos para a conversão de novas proteínas.1
No diabetes melito (DMdiabetes melito), há deficiência total ou parcial na produção de insulina, associada ou não à resistência celular em absorver o hormônio. Por esse motivo, pessoas com DMdiabetes melito eventualmente necessitam de doses diárias de insulina para manter o normometabolismo celular. Dado o importante papel metabólico da insulina no corpo humano, é essencial ao profissional de saúde a compreensão da sua farmacocinética e farmacodinâmica, das suas vias de administração e das orientações necessárias para os usuários.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor deverá ser capaz de
- identificar os diferentes tipos de insulina existentes no mercado e os esquemas de tratamento insulínico;
- elencar os dispositivos e as técnicas de aplicação com seringa e caneta de insulina;
- descrever métodos avançados de aplicação de insulina.