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PREPARAÇÕES ANTISSÉPTICAS E DESINFETANTES

Autores: Angela Machado de Campos, Thiago Caon, Talitha Caldas dos Santos
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Introdução

Medidas básicas de higiene, antissepsia, limpeza, desinfecção e esterilização são procedimentos amplamente reconhecidos por profissionais que atuam no sistema de saúde como fundamentais para prevenir e controlar infecções relacionadas com o sistema sanitário. Entre esses procedimentos, a higiene das mãos é considerada um elemento-chave, provavelmente a medida mais simples, econômica e eficaz na prevenção da transmissão de infecções.1

Segundo o manual Segurança do paciente: higienização de mãos, publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):2

As mãos são consideradas ferramentas principais dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois são as executoras das atividades realizadas. Assim, a segurança do paciente nesses serviços depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos destes profissionais.

Antissépticos são produtos destinados à aplicação direta sobre a pele com a finalidade de eliminar ou inibir o crescimento de microrganismos. Várias substâncias vêm sendo usadas com esse propósito, cada uma com diferentes características, espectro e modo de ação. A escolha do antisséptico depende dessas características, e sua eficácia depende de muitos fatores, como presença de matéria orgânica ou outras substâncias que possam inibir sua ação, tempo de contato, concentração. Os principais riscos a serem considerados podem ser o potencial irritativo ou tóxico e sua propensão a permitir o desenvolvimento de resistência à substância ativa.

O uso de produtos para limpeza e desinfecção de superfícies (saneantes) é um aliado importante na prevenção de infecções. Por isso, devem ser utilizados somente produtos regularizados pela Anvisa. O ideal é dar preferência aos saneantes classificados nas categorias Água Sanitária e Desinfetante para Uso Geral. Esses produtos devem ser usados para limpeza e desinfecção dos ambientes, utensílios e objetos (por exemplo, chão, superfícies de móveis, maçanetas, corrimão, interruptores de luz), locais onde microrganismos como vírus, bactérias e fungos podem estar presentes.

A correta utilização de antissépticos passou a ser de interesse não somente dos profissionais de saúde, mas da população como um todo, durante a pandemia do novo coronavírus, o SARS-CoV-2. A Covid-19, doença causada por esse vírus, rapidamente se transformou em um evento de dimensões inéditas na história, com impactos significativos tanto sobre a saúde da população quanto econômicos.3

Medidas não farmacológicas foram propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa como uma forma efetiva de prevenção da Covid-19. Entre essas ações, pode-se mencionar a higienização frequente das mãos, medida primária reconhecida como um dos pilares da prevenção e do controle da propagação de infecções, e a limpeza e desinfecção de superfícies, que convergem para a sensação de bem-estar e segurança, por garantir um ambiente apropriado para permanência e convivência de indivíduos.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • analisar a terminologia unívoca referente ao tema antissépticos e desinfetantes;
  • reconhecer a importância da correta higienização de mãos e superfícies como recurso para a prevenção e o controle de infecções;
  • identificar as principais substâncias utilizadas nas preparações farmacêuticas antissépticas e desinfetantes e seus respectivos espectros e mecanismos de ação;
  • apontar as formulações antissépticas e desinfetantes mais tradicionalmente utilizadas;
  • examinar as principais causas de resistência microbiana;
  • reconhecer aspectos regulatórios envolvendo antissépticos e desinfetantes, bem como os ensaios de controle de qualidade preconizados para as preparações antissépticas.

Esquema conceitual

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