- Introdução
A paralisia braquial obstétrica (PBOparalisia braquial obstétrica), sequela de trauma ocorrido no parto, afeta o movimento e a função do membro superior (MSmembro superior) no início da vida. As capacidades funcionais do MSmembro superior são variadas, o que permite uma gama infinita de habilidades motoras ao ser humano, desde a motricidade grossa, como empurrar um objeto, até a motricidade fina, como colocar linha em uma agulha.
Os músculos da região do ombro promovem estabilidade, produzem movimentos da cintura escapular e controlam as relações escapuloumerais. A resultante mobilidade do ombro é, em grande parte, responsável pela capacidade de usar as mãos em todas as posições desejadas.
Reconhecer precocemente as repercussões da PBOparalisia braquial obstétrica no desenvolvimento da criança é importante para estabelecer metas e oferecer a terapia em tempo oportuno. Assim, é possível propiciar o melhor aproveitamento do potencial neuromotor, a fim de favorecer o melhor prognóstico e reduzir as comorbidades.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as repercussões secundárias à PBOparalisia braquial obstétrica no desenvolvimento global da criança;
- distinguir as alterações posturais desencadeadas pela PBOparalisia braquial obstétrica;
- reconhecer as mais frequentes deformidades de MSmembro superior relacionadas à PBOparalisia braquial obstétrica;
- identificar particularidades e dificuldades da avaliação do recém-nascido (RNrecém-nascido) com PBOparalisia braquial obstétrica;
- reconhecer instrumentos de avaliação que suportem o acompanhamento adequado da criança com PBOparalisia braquial obstétrica;
- indicar objetivos e estratégias do tratamento fisioterapêutico no acompanhamento conservador e pós-cirúrgico da criança com PBOparalisia braquial obstétrica.
- Esquema conceitual