Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- diferenciar os fenômenos fisiológicos da ejaculação e do orgasmo masculino;
- descrever os principais fatores concorrentes para a ejaculação retardada (ER)/anorgasmia;
- elencar as formas de investigação para a ER/anorgasmia;
- reproduzir a abordagem terapêutica atual para lidar com o problema da ER/anorgasmia.
Esquema conceitual
Introdução
A ejaculação e o orgasmo masculino são eventos fisiologicamente distintos, mas, com frequência, são confundidos.
A ejaculação se refere à emissão e expulsão do sêmen através da uretra, enquanto o orgasmo é a sensação psíquica do prazer, cronologicamente coincidente com a ejaculação.
Quando se descreve a ocorrência de ER/anorgasmia, é feita referência tanto à incapacidade de atingir o orgasmo como também à falha em ejacular. Portanto, para a população masculina, o termo ER/anorgasmia é utilizado para caracterizar a incapacidade em ejacular e a incapacidade em chegar ao orgasmo.
Assim como a ejaculação precoce, a ER/anorgasmia pode ser classificada nos seguintes três grupos:
- primária — quando acompanha o indivíduo desde o início de sua atividade sexual;
- adquirida — quando o homem apresentava um tempo de latência até a ejaculação e o orgasmo considerado normal
- situacional — quando o quadro aparece em situações específicas e, em cenários distintos, a função ejaculatória e o orgasmo acontecem de forma normal.
A ER/anorgasmia é a disfunção sexual masculina mais desafiadora. Em comparação com as demais disfunções sexuais, o interesse e a pesquisa na ER/anorgasmia têm sido escassos, e uma parte significativa dos pacientes com essa disfunção sequer procura tratamento.