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MANEJO DA RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO FETAL TARDIA

Autor: Andre H. Miyague
epub-BR-PROAGO-C16V2_Artigo4
  • Introdução

A restrição de crescimento fetal (RCFrestrição de crescimento fetal) tardia é definida como aquela que inicia após a 32ª semana de gestação. Trata-se de um fenótipo distinto do precoce por uma maior prevalência de casos, uma menor morbidade e mortalidade e por desenvolver uma adaptação cardiovascular predominantemente central. Nesse caso, enquanto o Doppler da artéria umbilical (AUartéria umbilical) em geral não se altera, ou se altera de forma mínima, os principais achados cardiovasculares estão associados à modificação no Doppler cerebral (da artéria cerebral média [ACMartéria cerebral média] e na relação cerebroplacentária [em inglês, cerebroplacental ratio — CPRrelação cerebroplacentária]).

O diagnóstico é feito por parâmetros solitários (circunferência abdominal [CAcircunferência abdominal] ou peso fetal estimado [PFEpeso fetal estimado] menor do que o 3º percentil) ou por parâmetros contributivos (CAcircunferência abdominal ou PFEpeso fetal estimado menores do que o 10º percentil, ou CAcircunferência abdominal ou PFEpeso fetal estimado caindo mais do que 50 percentis em curvas de crescimento, e CPRrelação cerebroplacentária menor do que o 5º percentil ou Doppler da AUartéria umbilical maior do que o 95º percentil).

Quando o índice de pulsatilidade (IPíndice de pulsatilidade) da ACMartéria cerebral média se altera (menor do que o 5º percentil), espera-se o óbito fetal em 4 a 7 dias. Esse fato é precedido pela alteração nos parâmetros do perfil biofísico fetal (PBFperfil biofísico fetal). Já a CPRrelação cerebroplacentária é um parâmetro sensível o suficiente para monitorar a insuficiência placentária tardia do diagnóstico ao termo. A resolução da gestação deve ser programada por volta de 38 semanas, quando os riscos de óbito fetal e morbidade neonatal são menores.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • caracterizar a RCFrestrição de crescimento fetal precoce e a RCFrestrição de crescimento fetal tardia;
  • caracterizar a insuficiência placentária;
  • descrever as consequências a curto e a longo prazos da RCFrestrição de crescimento fetal;
  • indicar o manejo correto da RCFrestrição de crescimento fetal tardia, as formas de monitoração da vitalidade fetal e o modo de determinação do tempo ótimo de resolução da gestação.
  • Esquema conceitual
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