Introdução
No dia a dia da enfermagem, alguns questionamentos podem surgir sobre a atuação profissional, como:
- Quando confiar em um aluno para realizar um procedimento sozinho?
- Como saber se o residente pode realizar a admissão do paciente sem supervisão direta?
- Quando confiar uma atividade a um profissional recém-formado sem outro mais experiente por perto?
A formação em enfermagem é um processo complexo, multifacetado e progressivo.1 A noção de formação continuada em saúde — alinhada à necessidade constante de responder às mudanças exigidas pelos sistemas de saúde, com foco cada vez mais crescente em práticas de qualidade e segurança do paciente — tem levado a discussões sobre o currículo acadêmico e a formação de residentes e profissionais recém-inseridos na prática clínica.
A compreensão de que o aprendizado se desenvolve a partir de um processo contínuo de conhecer, entender, fazer e dominar, traduzindo, portanto, o conhecimento acadêmico para o cenário de atuação prática, traz à tona a discussão sobre as competências necessárias para a atuação profissional em enfermagem.1 Por esse motivo, neste capítulo, serão abordados os marcos de competências e as atividades profissionais confiáveis (APCatividade profissional confiávels), bem como a aplicação de tais conceitos na formação do enfermeiro intensivista.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os conceitos de marcos de competências e APCatividade profissional confiávels;
- verificar como os conceitos de marcos de competências e APCatividade profissional confiávels se relacionam com a formação do enfermeiro intensivista;
- avaliar a formação permanente do enfermeiro intensivista com base nos conceitos de marcos de competências e APCatividade profissional confiávels.