- Introdução
As medicações vasoativas são essenciais no manejo dos distúrbios circulatórios e hemodinâmicos em pacientes graves. Os medicamentos vasoativos são utilizados em estados de choque circulatório de qualquer etiologia: distributiva, obstrutiva, hipovolêmica ou cardíaca.
O choque pode ser definido como “um desequilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio e nutrientes para as necessidades celulares”, e o intensivista/emergencista deve entender que a manutenção da pressão arterial média (PAMpressão arterial média) em níveis aceitáveis (PAMpressão arterial média maior do que 60–65mmHg) não trata definitivamente o choque. A correção de qualquer parâmetro hemodinâmico deve ser feita sempre objetivando a melhora da oxigenação tecidual. A correção das variáveis macro-hemodinâmicas não oferece benefício em morbidade e mortalidade se os parâmetros de oxigenação tecidual não estiverem apresentando também sinais de melhora progressiva.1,2
Por isso, o uso de fármacos vasoativos deve ser criterioso em suas indicações e muito bem avaliado em seus resultados, para a garantia de um tratamento correto e atual dos distúrbios circulatórios dos pacientes graves. Assim como o infarto agudo do miocárdio (IAMinfarto agudo do miocárdio), trauma grave, e o acidente vascular cerebral (AVCacidente vascular cerebral), o choque de qualquer natureza deve ser tratado adequadamente nas primeiras horas.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- revisar a farmacologia dos vasopressores, inotrópicos e vasodilatadores;
- discutir as indicações das medicações vasoativas;
- orientar o uso combinado de fármacos vasoativos.
- Esquema conceitual