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MODALIDADES DIETÉTICAS EM ONCOLOGIA

Autor: Jéssica Reis Santos
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • revisar modalidades dietéticas em oncologia de acordo com as evidências disponíveis na literatura científica;
  • identificar as modalidades dietéticas em oncologia visando as melhores formas de prevenção, promoção, tratamento e sobrevida dos pacientes;
  • descrever como os alimentos e os nutrientes se comportam no cenário de prevenção e tratamento de câncer;
  • refletir sobre os aspectos relacionados às modalidades dietéticas em oncologia na prática clínica.

Esquema conceitual

Introdução

A nutrição desempenha papel muito importante na prevenção e no tratamento do câncer. O III Relatório de Especialistas do Fundo Mundial de Pesquisa em Câncer (em inglês, World Cancer Research Fund [WCRF]) e do Instituto Americano para Pesquisa em Câncer (em inglês, International Agency for Research on Cancer [IARC]) estima que 30 a 40% de todos os cânceres podem ser prevenidos com dieta adequada, prática de atividade física e manutenção do peso corporal.1

Em âmbito nacional, esperam-se 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023–2025.2 Evidências epidemiológicas indicam que uma dieta de baixa qualidade, inatividade física, sobrepeso e obesidade são fortes fatores de risco para doenças malignas múltiplas.3

De acordo com estudos epidemiológicos, tem sido observada associação consistente entre obesidade (definida pelo índice de massa corporal [IMC]) e aumento na incidência de cerca de 13 diferentes tipos de cânceres. A obesidade, inclusive, está entre as maiores causas de morte nos EUA.4

Especificamente no Brasil, estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Harvard (EUA) identificou que fatores do estilo de vida, como o sobrepeso e a obesidade, causam cerca de 15 mil casos de câncer por ano.4

Ao mesmo tempo que os diagnósticos e as mortes aumentam pela doença, o investimento dos órgãos públicos de saúde no tratamento antitumoral acompanha esse cenário.4 Entre os anos de 1999 e 2015, o investimento foi ampliado de R$ 470 milhões para R$ 3,3 bilhões, representando crescimento de sete vezes em um período de 16 anos. Cerca de dois terços desses gastos estão relacionados à quimioterapia.5,6

Compreender como os alimentos e os nutrientes se comportam tanto no cenário de prevenção quanto de tratamento do câncer é importante para que seja possível traçar estratégias nutricionais cada vez mais assertivas e individualizadas.

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