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NOVOS PARADIGMAS DA FIBRILAÇÃO ATRIAL

Autores: Ricardo Garbe Habib , Luciana V. Armaganijan, Bruno Valdigem
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Introdução

A fibrilação atrial (FAfibrilação atrial) é a arritmia mais frequente e de maior morbidade dentre as arritmias com implicações clínicas e necessidade de tratamento específico.1,2 Sua incidência é menor do que 1% até a idade de 60 anos, chegando a um percentual de 3 a 5% entre 60 e 65 anos, e em torno de 10% em pacientes na faixa etária dos 80 anos.3 Nas últimas décadas, observou-se o crescimento da sua prevalência, principalmente devido ao envelhecimento populacional, associado à maior sobrevida dos pacientes cardiopatas em razão dos avanços da medicina.3,4

No Brasil, estima-se que haja em torno de 1,5 milhões de pacientes com FAfibrilação atrial, que se distribuem conforme o aumento da faixa etária.2 Cerca de 35% das internações relacionadas a arritmias cardíacas correspondem a pacientes com FAfibrilação atrial, a qual também é responsável por maior tempo de internação.4

Em um levantamento realizado no setor de tele-eletrocardiografia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, demonstrou-se que a prevalência da FAfibrilação atrial na população que procura postos de saúde é de 2,3%, sendo a população mais idosa a mais vulnerável.6

Nesse cenário, seria necessário um procedimento ablativo, com resolução definitiva dessa arritmia, visto que, em acompanhamentos a longo prazo, a terapia farmacológica utilizada no seu tratamento e na sua profilaxia (ainda que associada a cardioversões sequenciais) apresenta índices de recorrência de até 70%, associada aos riscos de efeitos adversos desses fármacos.7

Neste artigo, serão revistos alguns tópicos gerais referentes à FAfibrilação atrial, sem pretensão de apresentar todos os aspectos desse tema tão vasto. Será dado maior enfoque à anticoagulação, aos novos anticoagulantes e à ablação de FAfibrilação atrial, que são os tópicos com maior número de atualização clínica e intervencionista.

Objetivos

Ao final do artigo, o leitor poderá:

  • compreender os aspectos gerais da FAfibrilação atrial;
  • classificar a FAfibrilação atrial;
  • identificar as causas e o tratamento da FAfibrilação atrial, bem como as condições a ela associadas;
  • conhecer os aspectos concernentes à anticoagulação, aos novos anticoagulantes e à ablação de FAfibrilação atrial.

Esquema conceitual

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