■ Introdução
A definição mais aceita para o termo qualidade em serviços de saúde é a proposta pelo Institute of Medicine (IOMInstitute of Medicine): “Grau em que os serviços de saúde prestados aos indivíduos e populações aumentam a probabilidade de se obter os desfechos desejáveis, de acordo com o conhecimento atual”.
O IOMInstitute of Medicine definiu seis objetivos específicos de um sistema de saúde de alta qualidade que deveriam ser adotados de forma compartilhada por todos os stakeholders envolvidos:2
- ■ segurança do paciente;
- ■ efetividade das intervenções;
- ■ assistência centrada no paciente;
- ■ assistência em tempo adequado;
- ■ eficiência e equidade.
Entretanto, mesmo com a definição desses objetivos, de acordo a Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQAgency for Healthcare Research and Quality), existem gaps de qualidade nos serviços de saúde, exemplificadas por variabilidade da prática clínica, subutilização de tratamentos baseados em evidência, superindicação de recursos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e o uso inadequado dos tratamentos disponíveis que podem resultar em eventos adversos graves ao paciente.
Para minimizar essa realidade e implementar qualidade nos serviços de saúde, algumas ações são apresentadas e discutidas ao longo do presente artigo.
■ Objetivos
Ao final do artigo, o leitor poderá:
- ■ recordar a definição de qualidade em serviços de saúde de acordo com o IOMInstitute of Medicine;
- ■ relembrar os seis objetivos específicos de um sistema de saúde de alta qualidade;
- ■ entender como a medicina baseada em evidências (MBEmedicina baseada em evidências) age de forma sinérgica com a qualidade enquanto ciência;
- ■ compreender pontos importantes que envolvem a implementação da qualidade assistencial.
■ Esquema conceitual