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O PAPEL DA IMAGEM NA AVALIAÇÃO DA LITÍASE URINÁRIA

Ivan Morzoletto Pedrollo

Jônatas Fávero Prietto dos Santos

epub-BR-PRORAD-C11V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar as vantagens e desvantagens dos métodos de avaliação de imagem na litíase urinária;
  • apontar a diferença das apresentações radiológicas dos cálculos de acordo com sua composição bioquímica;
  • reconhecer e relatar informações adicionais para o planejamento terapêutico do cálculo urinário nos exames de TC, incluindo os exames realizados em equipamento com dupla energia;
  • constatar complicações pós-terapêuticas comuns.

Esquema conceitual

Introdução

A prevalência da litíase urinária aumentou significativamente nas últimas três décadas, acometendo até 14% dos homens e 6% das mulheres, com índices de recorrência próximos a 50% em 5 anos.1 O aumento da incidência associado ao advento de novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas contribuiu substancialmente para o aumento de custos relacionados com o manejo dessa doença, em especial no departamento de emergência.2

A avaliação por imagem tem papel fundamental para os pacientes com litíase urinária, contribuindo para a detecção, o planejamento e o controle pós-terapêutico. A ultrassonografia (USG) é um método disponível, barato e que não emite radiação ionizante. A USG, entretanto, apresenta baixa sensibilidade para a detecção de cálculos renais e ureterais, bem como superestima o tamanho dos cálculos, especialmente naqueles com 5mm ou menos.3

A tomografia computadorizada (TC) sem contraste é considerada o padrão-ouro para a detecção de urolitíase em pacientes com dor lombar aguda, apresentando maior acurácia diagnóstica que outros métodos, além de avaliar a densidade do cálculo, determinar a distância pele–cálculo (DPC) e detalhar a anatomia adjacente, fatores que afetam a decisão terapêutica.4

A utilização de protocolos de TC com baixa dose (TCBD) de radiação também contribuiu para a redução da exposição do paciente à radiação ionizante, com doses efetivas semelhantes ou inferiores às da urografia excretora ou mesmo de estudos radiográficos urológicos não contrastados, sem redução na acurácia diagnóstica, especialmente em pacientes com índice de massa corporal (IMC) inferior a 30kg/m2.4,5

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