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OBESIDADE E RISCO CARDIOVASCULAR: NOVAS PERSPECTIVAS DA FISIOPATOLOGIA AO TRATAMENTO

Autores: Victor Batista Oliveira, Antonio Carlos Sobral Sousa, Rebeca Rocha de Almeida, Larissa Monteiro Costa Pereira
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  • Introdução

A obesidade, condição de saúde constituída pelo excesso da adiposidade corporal, é considerada uma das principais pandemias do século XXI. Atualmente, fatores ambientais e psicológicos, como sedentarismo, alta carga de trabalho, ansiedade, estresse e aumento na oferta e no consumo de alimentos processados e ultraprocessados, associados a fatores metabólicos e genéticos, são responsáveis pelo balanço energético positivo e pela formação de um ambiente obesogênico.1

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde), 1 bilhão de pessoas encontram-se com sobrepeso, e 300 milhões com obesidade. Essa sociedade obesogênica também tem sido considerada uma das responsáveis pela epidemia das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como o diabetes melito tipo 2 (DM2diabetes melito tipo 2) e as doenças cardiovasculares (DCVdoença cardiovasculars).2

Várias entidades científicas têm se mobilizado, com o objetivo de alertar as autoridades competentes para que se motivem politicamente no intuiro de resolver a obesidade, que é um grave problema de saúde pública.

O tratamento da obesidade inclui desde intervenções comportamentais, alimentares e medicamentosas até a abordagem cirúrgica.3 Todavia, com exceção da cirurgia bariátrica (CBcirurgia bariátrica), tais intervenções têm sido consideradas ineficientes, em especial na obesidade mórbida.

Haja vista que o tecido adiposo (TAtecido adiposo) é responsável por modular a inflamação da obesidade via síntese exacerbada de citocinas inflamatórias, as quais se associam diretamente à elevação do risco cardiometabólico (RCMrisco cardiometabólico), a CBcirurgia bariátrica, a partir da redução da gordura corporal e da decorrente diminuição da inflamação, tem-se demonstrado a estratégia mais eficiente na redução do referido risco.4,5

Vale ressaltar que o tratamento da obesidade requer abordagem multiprofissional e devem ser considerados tanto os conhecimentos fisiológico, metabólico e clínico dessa patologia quanto os aspectos socioeconômicos, culturais, psicológicos, comportamentais e familiares em que o indivíduo se encontra inserido.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os aspectos fisiológicos, metabólicos e ambientais envolvidos na etiologia da obesidade;
  • associar a obesidade e o RCMrisco cardiometabólico;
  • tomar a decisão mais adequada no planejamento terapêutico da obesidade.
  • Esquema conceitual
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