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OTITE CRÔNICA SIMPLES: TRATAMENTO E TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Autores: Lucas Resende Lucinda Mangia, Rogerio Hamerschmidt
epub-BR-PRO-ORL-C17V1_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os aspectos clínicos e cirúrgicos do tratamento de pacientes com otite crônica simples;
  • reconhecer os conceitos sobre a fisiopatologia da otite crônica;
  • reconhecer os princípios da avaliação clínica do paciente acometido pela otite crônica;
  • discutir as estratégias de manejo do paciente, as indicações cirúrgicas e os fundamentos da avaliação pré-operatória;
  • identificar os principais tipos de intervenções possíveis;
  • distinguir particularidades técnicas e pós-operatórias do procedimento;
  • analisar tópicos especiais sobre timpanoplastia em crianças e sobre as tendências futuras na área.

Esquema conceitual

Introdução

O termo timpanoplastia engloba um conjunto de procedimentos cirúrgicos bastante variado, que visa restaurar o sistema tímpano-ossicular. Dessa maneira, compreendem desde cirurgias para fechamento isolado de perfurações timpânicas até abordagens amplas e complexas, que podem incluir a reconstrução da cadeia ossicular, a qual pode estar danificada em diferentes graus e em razão de processos fisiopatológicos bem distintos.

Nesse sentido, a reconstrução isolada da membrana timpânica (MT), sem sequer realizar inspeção ou manipulação da cavidade timpânica, consistiria na miringoplastia, e o tratamento de lesões ossiculares envolveria o procedimento de ossiculoplastia. Combinadas de diferentes maneiras e podendo incluir passos adicionais relacionados a remoções de eventuais lesões da orelha média, a miringoplastia e a ossiculoplastia formam a base das técnicas atuais de timpanoplastia.

Ainda que possa ser o procedimento central no tratamento cirúrgico do paciente, situação bem exemplificada nos casos de perfurações simples e secas de MT sem lesões ossiculares concomitantes, a timpanoplastia é, muitas vezes, parte de abordagens mais amplas. Assim, é realizada como passo de timpanomastoidectomias fechadas e abertas quando, ao final do tratamento cirúrgico da patologia subjacente, o cirurgião almeja reconstruir o sistema tímpano-ossicular da maneira mais adequada possível. Do mesmo modo, pode ser necessária, eventualmente, quando a lesão tímpano-ossicular é inevitável durante o procedimento primário, situação observada, por exemplo, durante a remoção de lesões tumorais de natureza diversa.

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