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PARTICULARIDADES DE FRATURAS EM GATOS

André Lacerda de Abreu Oliveira

Aline Alves de Carvalho

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  • Introdução

Os gatos possuem algumas particularidades anatômicas e cinéticas que os diferem dos cães.1 Essas particularidades são muito importantes para a compreensão dos diferentes tipos de fraturas e a sua correção mais adequada para cada caso. No entanto, é importante conceituar o que é uma fratura.2

Fratura é a perda da continuidade de um osso e/ou cartilagem, que o divide em um ou mais fragmentos. A fratura ocorre quando uma força externa maior do que a resistência do osso ou da cartilagem é exercida sobre essa estrutura, levando à perda de sua continuidade.2

O diagnóstico da fratura deve ser feito por um minucioso exame clínico. Apesar de ser ocasionada por um trauma, raramente a fratura constitui uma situação de emergência ou urgência. É necessária, ainda, a realização de exames de imagem, como as radiografias simples e, em alguns casos, a tomografia computadorizada, com o intuito de realizar o diagnóstico correto da fratura, a escolha adequada do implante a ser utilizado e o planejamento cirúrgico.3

Na correção da fratura, é necessário que seja realizado o bloqueio das forças que ocasionaram a lesão, com a escolha adequada dos implantes e a melhor forma de aplicação.4,5

Durante a correção cirúrgica (osteossíntesse), o realinhamento dos eixos anatômicos, tanto do axial quanto do rotacional, é essencial. O alinhamento anatômico também deve ser buscado, em especial, nas fraturas articulares.4,5

Um acesso cirúrgico adequado, bem como o cuidado com as estruturas anatômicas devem ser observados para que se consiga realizar o procedimento operatório mantendo as atividades biológicas, com vistas à consolidação mais rápida e efetiva e à funcionalidade do membro ou região acometida.4,5

O conhecimento das particularidades dos gatos, no que concerne à sua anatomia e cinética, é essencial para a correção adequada da fratura, assim como o conhecimento da biomecânica e dos diversos implantes disponíveis para essa correção, visando criar um ambiente biológico adequado para que ocorra a consolidação de forma adequada.6

Nos gatos, a maior causa de fraturas é o trauma, principalmente nos que possuem acesso à rua sozinhos. Entre os traumas mais comuns, estão atropelamento, queda de grandes alturas, brigas e maus tratos.7

No pós-operatório, é importante o manejo do paciente, evitando exercícios excessivos e fazendo repouso por tempo adequado. O controle da dor é essencial para promover o conforto do paciente e evitar lesões adicionais, bem como o uso de antibióticos nos casos em que ocorra contaminação, em especial, nas fraturas abertas.7

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer as particularidades anatômicas e biomecânicas dos gatos;
  • identificar as causas mais comuns das fraturas em gatos;
  • diagnosticar as principais fraturas por meio de exames clínico, ortopédico e de imagens;
  • reconhecer o melhor tratamento clínico e cirúrgico para fraturas em gatos;
  • reconhecer as possíveis complicações e o prognóstico de fraturas em gatos.
  • Esquema conceitual
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