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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA DE FRATURAS E SERVIÇOS DE APOIO A FRATURAS

Autores: Bernardo Stolnicki, Cecília Bento de Mello Richard Ferreira , Lindomar Guimarães Oliveira, Rafaela Breijão de Melo
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • compreender a dimensão ética da prevenção secundária de fraturas;
  • resumir as lacunas do tratamento das fraturas secundárias;
  • analisar os serviços de apoio a fraturas;
  • descrever a atuação do ortopedista para evitar fraturas subsequentes.

Esquema conceitual

Introdução

Uma fratura por fragilidade é o indicador mais evidente de risco de nova fratura. Pacientes que sofreram esse tipo de lesão em qualquer sítio têm aproximadamente duas vezes mais chances de apresentar recorrência, em comparação com indivíduos que nunca tiveram tal lesão. Ainda, pacientes com fratura por baixo trauma do punho, quadril, úmero proximal ou tornozelo têm quase quatro vezes mais risco para lesões futuras.1–3

Um paciente com uma fratura vertebral (FV) tem quase cinco vezes mais risco de uma lesão semelhante no futuro, e o dobro do risco de fratura do quadril e outras não vertebrais. Pacientes que sofreram fratura do punho têm quase duas vezes o risco relativo de uma futura contusão do quadril. Fraturas secundárias ocorrem rapidamente após a primeira; inclusive, a recorrência logo após uma fratura parece ser especialmente maior no primeiro ano.1–3

Pacientes que tiveram uma fratura do quadril formam o grupo de maior risco para lesões futuras e devem ser priorizados para avaliação e início de tratamento, a fim de evitar outras contusões secundárias.4–6 Ao contrário de suposições comuns, esses pacientes podem se beneficiar muito com um tratamento. Iniciativas para evitar fraturas secundárias (subsequentes) devem ser oferecidas a todo cidadão acima dos 50 anos que tiver fraturas por fragilidade, pois estas podem preceder uma lesão do quadril no ciclo em que uma fratura conduz à outra (cascata fraturária).7–9

Uma fratura por fragilidade inicial é o suficiente para requerer uma avaliação que inclui medição da densidade mineral óssea (DMO) com avaliação do risco de fratura e início de tratamento, se não houver alguma contraindicação formal. O mais alto nível de evidências demonstra que é possível diminuir a probabilidade de lesões fraturas.10,11

Cerca de 50% de todos os casos de fratura de quadril vêm de 16% da população feminina pós-menopausa com história de fratura prévia. A prevenção secundária, portanto, apresenta uma oportunidade para intervir em cerca de metade de todos os pacientes de fratura de quadril.12,13 O tratamento iniciado precocemente após uma primeira fratura pode diminuir as taxas de recorrência entre 30 e 60%.14,15

Além disso, o tratamento antiosteoporose após o reparo de uma fratura de quadril por trauma mínimo foi associado a uma redução na taxa de novas fraturas clínicas e na taxa de mortalidade, com maior sobrevivência.16–18

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