Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer os princípios fundamentais e os métodos de osteossíntese;
- indicar a osteossíntese para os padrões específicos de fratura;
- escolher o melhor implante para cada tratamento de osteossíntese e para cada tipo de consolidação e suas implicações gerais nos resultados.
Esquema conceitual
Introdução
A osteossíntese é um procedimento necessário diante do insucesso do tratamento conservador ou de sua impossibilidade. A abordagem mal indicada, com técnicas mal aplicadas, pode levar o paciente a anormalidades anatômicas ou funcionais e frequentemente leva a sequelas como rigidez, atrofia e incapacidade funcional, requerendo um longo período de recuperação.
O conhecimento dos princípios e dos métodos de osteossíntese é um pilar importante na formação ortopédica, sendo a base que fundamenta as decisões tomadas no momento do planejamento do tratamento operatório das fraturas, visto que proporciona aos cirurgiões mais confiança quanto à segurança das soluções técnicas que propõe na busca do melhor resultado para os pacientes e à excelência de seus procedimentos operatórios. Começa-se a identificar uma mudança de conduta em relação a procedimentos que no passado eram considerados satisfatórios, quando começaram a ter seus resultados comparados com técnicas atuais e a evidenciar piores resultados.
Para se definir o estado atual da osteossíntese, deve-se dizer que está passando por um renascimento, tanto em termos de técnicas como em suas aplicações.
Reconhece-se o papel essencial desempenhado pelos modernizadores da osteossíntese, especialmente os de Sir Arboutnot Lane e de Albin Lambotte. Assim como a Fundação AO foi e é fundamental na investigação de novas técnicas e de suas aplicações e no desenvolvimento de novas tecnologias. Assim, eles estabeleceram vários princípios e métodos de osteossíntese, desenvolveram uma série de “regras” que serviram como base e permanecem em evolução e aperfeiçoamento.