- Introdução
Ao longo dos últimos 10 anos, vários estudos têm apresentado uma nova maneira de atenção ao cuidado com o paciente crítico internado em unidades de terapia intensiva (UTIunidade de terapia intensivas). Munidos do conhecimento a respeito dos problemas encontrados rotineiramente nessas unidades e da recuperação do paciente após a alta, surgiu uma mudança de paradigmas na abordagem desse paciente.
A substituição do uso da sedação profunda por estratégias de pouca ou ausência total de sedação a esses pacientes permitiu que a atividade física pudesse ser incorporada precocemente ao seu atendimento.
Os fisioterapeutas são o ponto central na promoção de atividade física ao paciente crítico, mas outros profissionais, como médicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e técnicos de enfermagem, também estão envolvidos nessa nova abordagem. A ideia de que um paciente está muito doente para sair da cama está sendo substituída progressivamente pela ideia de que o paciente está muito doente para se permitir ficar na cama. Dessa forma, mesmo os pacientes em uso de ventilação mecânica invasiva (VMIventilação mecânica invasiva) são capazes de realizar a terapia de mobilização precoce.1
Neste artigo, é feita uma revisão da literatura científica relacionada ao tema mobilização precoce do doente crítico com ênfase nos protocolos de intervenção utilizados. Para cada protocolo, é feita uma breve resenha com os principais achados do estudo em questão.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- identificar as principais consequências do imobilismo;
- compreender o conceito de fraqueza muscular adquirida na UTIunidade de terapia intensiva;
- reconhecer os principais benefícios da mobilização precoce;
- identificar as principais barreiras para a mobilização;
- empregar os principais protocolos de mobilização precoce descritos atualmente;
- estabelecer um programa de exercícios de acordo com as condições do paciente;
- compreender o impacto da fragilidade na morbidade e mortalidade de pacientes criticamente enfermos.
- Esquema conceitual