Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir prurido;
- identificar as principais causas de prurido no idoso;
- diagnosticar os casos de prurido;
- realizar o manejo farmacológico e não farmacológico do prurido no idoso.
Esquema conceitual
Introdução
O prurido no idoso é o sintoma mais frequente no atendimento dermatológico geriátrico, na maioria das vezes decorrente do envelhecimento cutâneo, causando repercussões na qualidade de vida do paciente e onerando os serviços de saúde. É uma sensação cutânea desagradável, aliviada pela coçadura, podendo evoluir para lesões mais graves localizadas ou generalizadas, na ausência de tratamento e cuidados adequados.1,2
A aparência das lesões causadas pelo prurido pode desencadear sinais de rejeição pelos familiares e demais contactantes, causando um desconforto que não atinge somente o paciente, mas também as pessoas que o rodeiam.3
Uma anamnese detalhada, seguida de exame físico acurado de toda a pele, é necessária para uma boa condução terapêutica. O comprometimento do sono, do estado de humor e da qualidade de vida justifica todo o empenho do profissional no sentido de minimizar o sofrimento dos pacientes com prurido.4
Quanto à duração, o prurido pode ser classificado como agudo ou crônico, sendo agudo quando dura até seis semanas e crônico quando ultrapassa um período maior que seis semanas. Prurido senil é o prurido crônico, de difícil avaliação e diagnóstico, principalmente nos pacientes com multimorbidade, polifarmácia e/ou déficit cognitivo.4
A queixa de prurido é prevalente na atenção primária à saúde (APS) e em pacientes hospitalizados, o que exige maiores estudos, pela sua importância social e financeira, demandando a necessidade de maiores investimentos para reduzir a sobrecarga hospitalar e o desequilíbrio nos recursos públicos destinados à saúde, considerando-se os maiores gastos com essa população, conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS).1