- Introdução
A deterioração de um paciente consiste na piora de suas condições clínicas, o que aumenta o risco individual de morbidade, podendo levar a permanência hospitalar prolongada, incapacidade, disfunção múltipla e morte.1
Os modelos atuais para definição da deterioração clínica são baseados na presença de alterações dos sinais vitais e em observações clínicas que tentam ajudar prospectivamente na previsão de risco subsequente; porém, é preciso considerar outras questões envolvidas, a exemplo de fatores individuais e terapêuticos.1
Os pacientes que apresentam deterioração das condições clínicas são comumente chamados de gravemente doentes ou gravemente enfermos, já que essa situação está relacionada com a possibilidade de piora do quadro clínico, com insuficiência respiratória (IRinsuficiência respiratória) e choque, podendo levar a óbito.2,3
Reconhecer de forma precoce sinais e sintomas que demonstram deterioração clínica e consequente gravidade nos pacientes pediátricos e adolescentes é essencial para sobrevida e bom prognóstico. Assim, é fundamental valorizar os achados obtidos durante a anamnese e o exame físico, a fim de prestar os cuidados necessários a essa população e prevenir eventos adversos mais graves.2-4
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- realizar avaliação inicial e reconhecer sinais de alerta para deterioração das condições clínicas na criança hospitalizada;
- reconhecer escores de alerta que possam auxiliar na identificação de sinais de alerta para deterioração das condições clínicas na criança hospitalizada;
- identificar os cuidados iniciais à criança hospitalizada com sinais de deterioração das condições clínicas;
- orientar os pais/familiares quanto à necessidade de participação no cuidado à criança hospitalizada.
- Esquema conceitual