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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO PÊNIS E DOS TESTÍCULOS: UMA REVISÃO PRÁTICA

Autores: Pedro Junqueira de Godoy Pereira, Fernando Ide Yamauchi
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  • Introdução

A ressonância magnética (RMressonância magnética) não é o primeiro método utilizado para o estudo das afecções penianas e escrotais: a ultrassonografia (USGultrassonografia), por sua grande disponibilidade e pelo seu baixo custo, tende a ser o primeiro estudo imagenológico empregado e, na maioria das vezes, resolutivo, não necessitando de outro método complementar.1

Entretanto, por causa das características inerentes à USGultrassonografia, como dependência do operador e campo visual limitado, alguns exames são inconclusivos. A RMressonância magnética tem um importante papel nesses casos, provando-se uma ferramenta diagnóstica útil e, muitas vezes, indispensável para o estudo dos órgãos genitais masculinos externos, reduzindo a morbidade e a mortalidade relacionadas às intervenções inadvertidas.

A European Society of Radiology (ESR)1 publicou, em janeiro de 2018, um guideline com recomendações para o uso da RMressonância magnética para as avaliações escrotais. Nele, destaca-se a capacidade de se gerarem imagens com alta resolução de contraste e espacial, levando a uma melhor caracterização tecidual, anatômica e patológica, além das informações fornecidas pelo estudo contrastado, propriedades que podem ser extrapoladas para o estudo peniano.

Alguns exemplos da aplicação da RMressonância magnética como um exame complementar essencial nesses contextos clínicos1 são

 

  • origem testicular ou paratesticular de uma massa escrotal;
  • presença de metabólitos de hemossiderina em um contexto de trauma;
  • componente lipídico, necrótico, fibrótico em lesões focais;
  • avaliação de um implante peniano.

O exame de RMressonância magnética, ainda, é aplicado em casos de distúrbios do desenvolvimento sexual (DDSdistúrbio do desenvolvimento sexual), grupo complexo e heterogêneo de doenças com uma ampla gama de achados, mas que, normalmente, parte de um ponto em comum: genitália externa ambígua.2

Para tanto, este capítulo foi dividido entre avaliação peniana e escrotal, e, por fim, há uma seção de protocolos e de técnicas de imagem para auxiliar o radiologista a orientar a sua equipe para esses exames. As seções de avaliação peniana e escrotal contemplam uma revisão da anatomia, essencial para o entendimento de um estudo minucioso como o da RMressonância magnética.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a anatomia peniana, dos testículos e do escroto;
  • definir as principais indicações dos estudos de RMressonância magnética;
  • explicar os principais aspectos das patologias penianas e testiculares por RMressonância magnética;
  • avaliar, de forma sistemática, os exames de pacientes com DDSdistúrbio do desenvolvimento sexual;
  • definir e revisar os protocolos de RMressonância magnética da sua instituição.

 

  • Esquema conceitual
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