- Introdução
A medicina, ao longo dos últimos anos, vem dando preferência para abordagens minimamente invasivas, que visam sempre à preservação da função do órgão. Os recentes avanços tecnológicos têm levado ao desenvolvimento de uma série de equipamentos que permite uma abordagem segura e conservadora.
A sialoendoscopia é uma técnica para diagnóstico e tratamento de patologias obstrutivas das glândulas salivares maiores, submandibular e parótida, que foi difundida principalmente pelo professor Francis Marchal, no final da década de 1990.¹
Essa técnica minimamente invasiva vem ganhando um grande campo de atuação e, atualmente, é considerada a melhor opção terapêutica para todas as causas obstrutivas intraluminais não neoplásicas, como:
- sialolitos;
- tampões mucosos;
- corpo estranho.
Além disso, é considerada a melhor opção terapêutica para patologias inflamatórias, como:2,3
- parotidite crônica recorrente;
- sialoadenite pós-iodoterapia;
- alterações autoimunes.
Em centros que dispõem de endoscopia salivar, as indicações de sialoadenectomias para patologias obstrutivas caíram para menos de 10% de todos os casos, revelando o sucesso da técnica, que se mostrou segura, com taxa reduzida de complicações e efeitos colaterais.4
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- reconhecer as indicações da sialoendoscopia;
- identificar as diferentes patologias obstrutivas que acometem as glândulas salivares;
- identificar os aprimoramentos da cirurgia endoscópica para glândulas salivares.
- Esquema conceitual