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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 — CICLO 6

Autor: Elvino José Guardão Barros
epub-BR-PROTERAPEUTICA-C6V4_Suplemento

SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 — CICLO 6

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 4 do Ciclo 6 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTPangioplastia coronariana transluminal percutânea

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

ampampola

Ampola

AVatrioventricular

Atrioventricular

AVEacidente vascular encefálico

Acidente vascular encefálico

cprcomprimido

Comprimido(s)

cpscápsula

Cápsula(s)

DMdiabete melito

Diabete melito

DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drgdrágea

Drágea(s)

frfrasco

Frasco(s)

fr-ampfrasco-ampola

Frasco-ampola(s)

HAShipertensão arterial sistêmica

Hipertensão arterial sistêmica

IAMinfarto agudo do miocárdio

Infarto agudo do miocárdio

ICCinsuficiência cardíaca congestiva

Insuficiência cardíaca congestiva

IHinsuficiência hepática

Insuficiência hepática

IMintramuscular

Intramuscular

IMAOinibidor da monoaminaoxidase

Inibidor da monoaminaoxidase

IRinsuficiência renal

Insuficiência renal

ITUinfecção do trato urinário

Infecção do trato urinário

IVintravenoso

Intravenoso

SFsoro fisiológico

Soro fisiológico

SGsoro glicosado

Soro glicosado

SNCsistema nervoso central

Sistema nervoso central

TEPtromboembolismo pulmonar

Tromboembolismo pulmonar

TTPatempo de tromboplastina parcial ativado

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVPtrombose venosa profunda

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

Ácido acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cprcomprimido revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cprcomprimido de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; prevenção e tratamento das síndromes coronarianas agudas; terapia adjuvante nos procedimentos de revascularização (bypass coronariano, angioplastia, endarterectomia de carótidas); cardiopatia isquêmica e AVEacidente vascular encefálico; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); portadores de prótese valvular cardíaca; prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita A de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 325-650mg a cada 4-6 horas (máximo 4g/dia). Anti-inflamatório: iniciar com 2,4-3,6g/dia em doses divididas, dose de manutenção 3,6-5,4g/dia em doses divididas. Síndromes coronarianas agudas: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Angina estável: 75-100mg/1x/dia. Fase aguda do AVEacidente vascular encefálico isquêmico: 160-325mg em até 48 horas após o início dos sintomas. Prevenção do AVC isquêmico: 75-100mg/1x/dia. Estenose de artéria carótida: 75-100mg/1x/dia. Doença arterial periférica: 75-100mg/1x/dia. Prevenção da pré-eclâmpsia: 75-100mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cprcomprimido normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Acitretina

Grupo farmacológico. Composto retinoico.

Apresentações. Cpscápsula de 10 e 25mg.

Usos. Tratamento da psoríase grave e distúrbios graves da queratinização.

Contraindicações. Gestação (altamente teratogênico, categoria de risco X) ou mulheres com potencial para engravidar, a menos que utilizem medidas anticoncepcionais 1 mês antes, durante e até 3 anos após o tratamento; lactação; IHinsuficiência hepática e IRinsuficiência renal graves; hiperlipidemia excessiva; hipervitaminose A; uso concomitante de metotrexato ou tetraciclina.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 25-50 mg/dia. Manutenção: 25-50mg/dia (dose máxima de 75mg/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar junto com a principal refeição, inclusive com derivados lácteos.
  • Via sonda: a cpscápsula pode ser aberta, e o pó, misturado em água (5mL) para administração via sonda. No momento da administração: preferencial- mente, pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se forem administrados mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Tetraciclina: os níveis da acitretina podem aumentar.
  • Metotrexato: os níveis do metotrexato podem se elevar com o uso concomitante da acitretina.
  • Anticoncepcionais orais: pode ocasionar redução dos níveis séricos do anticoncepcional.
  • Doxiciclina, minociclina, oxitetraciclina e tetraciclina: risco de aumento da pressão intracraniana.
  • Fenitoína: pode aumentar os níveis séricos da fenitoína, levando à toxicidade.

Lactação. Não recomendado.

 

Amicacina

Grupo farmacológico. Aminoglicosídeo; antibacteriano.

Apresentações. Ampampola com 50, 125 e 250mg/mL (2mL). Disponíveis nos hospitais de referência para o tratamento da tuberculose multirresistente.

Usos. Infecções por microrganismos resistentes a outros aminoglicosídeos. Tratamento de infecções por N. asteroides e micobacterioses (em associação a outras drogas).

Contraindicação. Gestação (categoria de risco D).

Posologia. 15-22,5mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, ou em dose única diária, IVintravenoso ou IMintramuscular, máximo de 1,5g/dia. Se forem utilizadas doses fracionadas, aplicar dose de ataque de 7,5-15mg/kg. Para a fibrose cística, usar 30-40mg/kg/dia, divididos de 8/8 h, pois há diminuição da meia-vida; pode-se também utilizar dose única diária.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: não pode ser administrada em bolo. Para administração IVintravenoso, é recomendada a infusão em 30-60min, utilizando como diluentes SFsoro fisiológico, SGsoro glicosado ou SGF, observando concentração máxima de 10mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, polimixina B, cisplatina, cefalosporinas, vancomicina, indometacina, cidofovir: há aumento dos efeitos de nefrotoxicidade e ototoxicidade.
  • Furosemida e manitol: há aumento dos efeitos de ototoxicidade.
  • Dimenidrinato e outros antieméticos: podem mascarar os efeitos de ototoxicidade.
  • Succinilcolina e anestésicos: a amicacina pode aumentar as concentrações plasmáticas desses medicamentos.
  • Penicilinas: ocorrem efeitos sinérgicos, mas são física e quimicamente incompatíveis, sendo inativados quando misturados ou administrados concomitantemente.

Lactação. Não recomendado.

 

Ampicilina

Grupo farmacológico. Penicilina; antibacteriano.

Apresentações. Cprcomprimido de 500 ou 1.000mg; cpscápsula de 500mg; fr-ampfrasco-ampola com 100, 500 ou 1.000mg; susp oral com 50mg/mL de 60 ou 150mL.

Usos. Infecção respiratória, otite média aguda, rinossinusite, faringite bacteriana, infecção urinária, meningite, febre tifoide. É a droga de escolha na maioria das infecções enterocócicas. Nas infecções respiratórias em geral, prefere-se a amoxicilina, que tem menos efeitos adversos e esquema posológico mais favorável.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: em infecções leves a moderadas, usar 500mg, VOvia oral, de 6/6 h; nas infecções graves, 1-2g, de 4/4 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio, 1 h antes das refeições ou 2 h após.
  • Via sonda: preferencialmente administrar a susp oral via sonda. Também, pode-se abrir as cpscápsula e dispersar o pó em água para uso imediato. No momento da administração: pausar a dieta enteral o maior tempo possível, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: Bolo: diluir a dose em 5-10mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, administrar de 3-5min. Infusão intermitente: diluir a dose em 100mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% ou na concentração máxima de 30mg/mL e administrar de 15-30min.
  • Via intramuscular: sim, de 2-3mL.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear reações alérgicas cutâneas.
  • Contraceptivos orais: podem ter seus efeitos reduzidos.
  • Probenecida: pode aumentar os níveis séricos da ampicilina.
  • Aminoglicosídeos: podem ter sua eficácia reduzida se forem administrados concomitantemente com penicilinas.
  • Atenolol: pode ter seus efeitos reduzidos.
  • Omeprazol e lansoprazol: podem reduzir a eficácia da ampicilina.

Lactação. Usar com precaução. A ampicilina é excretada no leite materno e os dados são insuficientes sobre possíveis efeitos adversos.

 

Azatioprina

Grupo farmacológico. Agente citostático; antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA, RNA e proteínas; imunossupressor.

Apresentação. Cprcomprimido de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição do transplante renal, artrite reumatoide ativa, nefrite lúpica e em várias glomerulopatias.

Contraindicação. Gestação.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com 3-5mg/kg, 1x/dia; manutenção: 1-3mg/kg, 1x/dia, em dose única diária. Artrite reumatoide: iniciar com 1mg/kg, 1x/dia, ou a mesma dose, em 2 tomadas, por 6-8 semanas; aumentar 0,5mg/kg a cada 4 semanas até obter resposta clínica ou até 2,5mg/kg/dia. Nefrites: 2mg/kg/dia para dose de ataque.

Modo de administração.

  • Via oral: os cprcomprimido devem ser ingeridos após as refeições.
  • Via sonda: os cprcomprimido podem ser dissolvidos em água fria e administrados imediatamente via sonda. Pode-se preparar uma susp oral a partir dos cprcomprimido para facilitar a administração por essa via. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Enalapril, captopril: podem desencadear asma grave ou mielossupressão.
  • Bloqueadores neuromusculares: os efeitos desses medicamentos podem ser reduzidos.
  • Alopurinol, trastuzumabe, sulfametoxazol/trimetoprima: podem aumentar os níveis séricos da azatioprina, favorecendo o aparecimento de náusea, vômito, anemia ou leucopenia.
  • Mercaptopurina, natalizumabe, metotrexato e vacinas (vírus vivo): a azatioprina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, varfarina, femprocumona: podem ter seus efeitos reduzidos pela presença da azatioprina.

Lactação. Não recomendado.

 

Beclometasona

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentações. Corticoide inalatório: aerossol 250 µg/jato e cápsulas de 200 e 400 µg. Pó para inalação com dose de 100, 200 ou 400 µg (100 doses). Corticoide nasal: frasco-spray com dose de 50 µg (130 ou 200 doses), frasco-spray com doses de 100 µg (120-200 doses); frasco-spray com dose de 250 µg (200 doses).

Usos. Tratamento de manutenção da asma e da DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica; rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Asma. Dose baixa: 200-500 µg; dose média: 500-1000 µg; dose elevada: > 1000 µg. Rinite. Iniciar com 1-2 jatos de 50 µg em cada narina, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via inalatória: administrar a dose diária em duas tomadas, agitar bem o spray antes do uso. Cuidar o intervalo de inspiração no momento da inalação. Se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. As cápsulas inalatórias devem ser utilizadas com o inalador e nunca deglutidas.

Interações medicamentosas.

  • Antidiabéticos orais: o uso concomitante com beclometasona poderá diminuir os níveis plasmáticos dos antidiabéticos.
  • Anfotericina B, diuréticos de alça e tiazídicos: o uso concomitante com beclometasona poderá aumentar os níveis plasmáticos de diuréticos e antifúngicos.

Lactação. Compatível.

 

Budesonida

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentação. Cápsulas de liberação prolongada de 3mg (para ingestão). Corticoide inalatório: formoterol + budesonida 6/100, 6/200 e 12/400 µg; formoterol + budesonida 12/200 e 12/400 µg; formoterol + budesonida 6/100, 6/200 e 12/400 µg; cápsulas de 100, 200 e 400 µg; suspensão nasal com 50 µg/dose (120 doses), suspensão nasal com 32, 50, 64 e 100 µg/dose; cápsulas de 100, 200 e 400 µg. Corticoide nasal: frasco de spray com 32 ou 64 µg/dose (120 doses), frasco-spray com 50 ou 100 µg/dose (200 doses).

Usos. Doença de Crohn leve a moderada envolvendo o íleo ou o colo ascendente. Tratamento de manutenção da asma e da DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica; rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Doença de Crohn ativa: 9mg, 1x/dia até 8 semanas; tratar recorrência com novo curso de 8 semanas. Após tratamento da fase ativa, manter com 6mg/dia, 1x/dia por até 3 meses. Asma: Dose baixa: 200-400 µg; dose média: 400-800 µg; dose elevada: > 800 µg. Rinite: iniciar com 2 jatos de 64 µg em cada narina, 1x/dia ou 4 jatos de 32 µg em cada narina, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via inalatória: o spray oral deve ser agitado antes do uso e deve-se dar pausa inspiratória entre os jatos; aplicar o spray nasal direto na narina. As cápsulas para inalação devem ser utilizadas com o inalador (não devem ser deglutidas).
  • Via oral: Somente para tratamento da Doença de Crohn: a administração das cápsulas com alimentos muito gordurosos altera a velocidade de absorção, mas não altera a extensão total. As cápsulas, com grânulos de liberação entérica, não devem ser mastigadas, devem ser ingeridas inteiras, com água.
  • Via sonda: não é recomendada a utilização via sonda.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, diuréticos: podem ter seus efeitos potencializados.
  • Fluconazol, dasatinibe, ritonavir, cetoconazol, itraconazol, cimetidina, claritromicina, eritromicina, ritonavir, indinavir, saquinavir: poderão aumentar os níveis séricos da budesonida.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: poderão reduzir os efeitos da budesonida.

Lactação. Usar com precaução.

 

Carbamazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 200 e 400mg. Comprimidos revestidos de liberação controlada de 200 e 400mg. Suspensão oral 20mg/mL em 100mL; cpscápsula de 200 e 400mg.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas), crises generalizadas primárias tônico-clônicas, mania aguda, neuralgia do trigêmio e do glossofaríngeo. Carbamazepina não é eficaz em crises de ausências, crises mioclônicas e crise convulsiva febril.

Contraindicações. Supressão de medula óssea, bloqueio átrio-ventricular, porfiria aguda intermitente, doença hepática significativa, gestação (categoria de risco D). A carbamazepina não deve ser utilizada com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg a 200mg, 1 ou 2x/dia; aumentar 200mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos; a dose usual é de 400-1.200mg/dia, dividida em 2-4 doses. Em alguns pacientes, dependendo da tolerabilidade, doses de até 2.400mg/dia podem ser adequadas. Idosos: iniciar com 100mg/1-2x/dia; aumentar 100mg/ dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir o comprimido sem mastigar ou a solução oral, durante ou logo após as refeições, com muito líquido. A presença de alimentos ajuda a diminuir os sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos de liberação imediata dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a suspensão oral por essa via. Recomenda-se diluir a suspensão oral em volume adequado de água para diminuir a viscosidade e a aderência ao material da sonda; também deve-se promover adequada irrigação do tubo antes e após a administração do medicamento a fim de evitar perdas do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Darunavir, nilotinibe, voriconazol: deve-se evitar o uso concomitante.
  • Clomipramina, antidepressivos, desmopressina, lítio, fenitoína: poderão ter seus níveis séricos aumentados, podendo desencadear quadro de toxicidade.
  • Alopurinol, fluconazol, cimetidina, dasatinibe, isoniazida, lamotrigina, sertralina: poderão aumentar os níveis séricos da carbamzepina, devendo-se monitorar esses valores.
  • Ácido valproico: pode interferir nos níveis séricos da carbamazepina, reduzindo-os.
  • Paracetamol, caspofungina, clozapina, ciclosporina, darunavir, doxorrubicina, haloperidol, lamotrigina, mebendazol, metadona, nilotinibe, anticoncepcionais orais, fenitoína, risperidona, sertralina, fluoxetina, topiramato, nortriptilina, ziprazidona, ácido valproico: a carbamazepina reduz os níveis séricos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Cefalexina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 1ª geração.

Apresentações. Comprimidos revestidos e drágeas com 500 ou 1.000mg. Cápsulas de 250 e 500mg. Suspensão oral com 250mg/5mL em frascos de 60 e 100mL.

Usos. Infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles e infecções das vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos – acima de 40kg: 250-500mg, a cada 6 h, dose máxima de 4g/dia.
  • Cistite não complicada (> 15 anos): 500mg a cada 12 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 500mg a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 2g, 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum (1 h antes ou 2 h após os alimentos), pois há retardo para se atingir a concentração máxima sérica do medicamento. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. Em caso de problemas de deglutição, as cápsulas podem ser abertas e seu pó e os comprimidos podem ser dissolvidos em água fria (10mL) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral via sonda; pode-se misturá-la em água para diminuir a viscosidade do medicamento. Os comprimidos podem ser dispersos em água fria para uso imediato (possível risco de obstrução da sonda). Preferencialmente, abrir as cápsulas e dissolver o pó em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: aumentam os níveis séricos da cefalexina.
  • Metformina: poderá desencadear aumento nos níveis plasmáticos da metformina, levando a efeitos adversos (náuseas, vômitos, cefaleia, diarreia).
  • Colestiramina: o uso concomitante poderá reduzir os níveis plasmáticos da cefalexina.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Cefalotina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico, cefalosporina de 1ª geração.

Apresentação. Frasco-ampola com 500 (diluente de 4mL) ou 1.000mg (diluente de 4 ou 5mL).

Usos. Pneumonias, infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles, infecções das vias aéreas superiores e profilaxia cirúrgica.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:500mg a 1 g a cada 6 h, infecções graves 2 g a cada 4-6 h; dose máxima de 12g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: diluindo-se a dose na concentração máxima de 100mg/mL e administrando-se em 3 a 5 min. Infusão: A dose diluída em 50 a 100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% deve ser administrada de 30 a 60 min.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Vacina tifoide: há redução da resposta imunológica.

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola para uso IMintramuscular (250, 500 ou 1.000mg) ou IVintravenoso (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:1-2g, IVintravenoso ou IMintramuscular, a cada 12-24 h; dose máxima de 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9% deve ser administrada de 15 a 30min (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: Sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizado lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Ciclosporina

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Inibe a produção e liberação da interleucina 2 e inibe a ativação induzida pela interleucina 2 nos linfócitos T.

Apresentações. Frasco-ampola com 50mg/mL em 1 ou 5mL, cápsulas de 10, 25, 50 e 100mg, solução oral com 100mg/mL em 50mL.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, hepáticos e cardíacos (uso associado com azatioprina e/ou corticosteroides); artrite reumatoide ativa, grave e refratária a outros tratamentos; psoríase grave; glomeruloesclerose segmentar e focal e alguns casos de doença imune grave que são resistentes a corticoterapia (lúpus eritematoso sistêmico e miastenia grave).

Contraindicações. Artrite reumatoide e psoríase: função renal anormal, hipertensão não controlada, neoplasias malignas. Terapia concomitante com UVA ou UVB, metotrexato e outros imussupressores também são contraindicações para o uso em pacientes com psoríase. A emulsão oftálmica é contraindicada em pacientes com infecções oculares ativas.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com dose de 5-6mg/kg IVintravenoso ou 9±3mg/kg/dia, VOvia oral, administrada 4-12 horas antes do transplante; manutenção com 2-10mg/kg IVintravenoso, dividida em 1-3 doses. Passar para VOvia oral assim que possível. Transplante renal: 9±3mg/kg/dia, dividida em duas doses diárias; transplante hepático: 8±4mg/kg/dia, dividida em duas doses; transplante cardíaco: 7±3mg/kg/dia, dividida em duas doses. Artrite reumatoide e psoríase: iniciar com dose de 2,5mg/kg/dia, VOvia oral, dividida em duas doses; a dose pode ser aumentada em 0,5-0,7mg/kg/dia (dose máxima de 4mg/kg/dia), se não for observada resposta eficiente após 8 semanas para a artrite reumatoide e 4 semanas para a psoríase; descontinuar se não ocorrer resposta em 16 semanas para a artrite reumatoide e 8 semanas para a psoríase. Doenças autoimunes: 1-3mg/kg/dia. As doses utilizadas no tratamento das glomerulopatias são muito variáveis dependendo do protocolo utilizado. Variam de 2,5 a 6mg/kg de peso corporal por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar sempre da mesma forma, isto é, se for com alimento, sempre na presença deste para não ocorrer variação sérica. Para melhorar a palatabilidade da solução oral, pode-se diluir a dose em sucos de laranja ou maçã, leite ou achocolatado (uso imediato). Evitar copos plásticos, usar somente copos de vidro.
  • Via sonda: poderá ocorrer adsorção com o material da sonda (inespecífico). Administrar a solução oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: administrar a solução lentamente (2 a 6 horas) e não exceder a concentração final de 2,5mg/mL em soro. Não é necessário proteger da luz.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Hypericum: deve ser evitado, pois pode alterar os níveis séricos da ciclosporina.
  • Micofenolato: a concentração plasmática do micofenolato poderá ser alterada, diminuindo a sua eficácia.
  • Antiácidos, carbamazepina, griseofulvina, fenitoína, pirazinamida, rifampicina: esses medicamentos poderão diminuir os níveis plasmáticos da ciclosporina.
  • Digoxina, caspofungina, etoposido, fentanil, metotrexato, minoxidil, natalizumabe, salmeterol, sinvastatina, atorvastatina, sirolimus, topotecano: a ciclosporina poderá aumentar os níveis séricos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Captopril, enalapril, gentamicina, amicacina, amiodarona, anfotericina B, fluconazol, bromocritina, carvedilol, colchicina, dasatinibe, melfalano, metotrexato, metoclopramida, metronidazol, anti-inflamatórios não esteroides, sirolimus, trastuzumabe: poderão elevar os níveis plasmáticos da ciclosporina, monitorar o nível sérico.

Lactação. Não recomendado.

 

Clindamicina

Grupo farmacológico. Lincosamina, antimicrobiano.

Apresentações. Ampola de 300 (2mL), 600 (4mL) ou 900 (6mL)mg; cápsula ou comprimido com 300mg. Solução tópica.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, principalmente, pélvicas ou respiratórias. Alternativa à penicilina em pacientes alérgicos. Infecções por Streptococcus sp. e Staphylococcus sp. sensíveis. Utilizado em associação à pirimetamina para o tratamento da toxoplasmose em pacientes com aids alérgicos a sulfonamidas; em associação ao quinino para pacientes infectados por Babesia microti e por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina; em associação à primaquina para pneumocistose.

Contraindicações. Colite ulcerativa, colite pseudomembranosa, enterite.

Posologia.

  • Adultos: 150-450mg, VOvia oral, de 6/6 h; 600-900mg, IVintravenoso ou IMintramuscular, de 8/8 h, 10-40mg/kg/dia, IMintramuscular, IVintravenoso ou VOvia oral, divididos de 6/6 ou de 8/8 h. Pode-se também calcular a dose por superfície corporal, usando-se 350mg/m2/dia, em infecções moderadamente graves, e 450mg/m2/dia, em infecções graves. Babesiose: clindamicina, 600mg, VOvia oral, de 8/8 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, durante 7 dias. Malária: clindamicina, 450mg, VOvia oral, de 6/6 h, e quinino, 650mg, VOvia oral, de 8/8 h, por 3 dias, ou clindamicina, 20mg/kg/dia, divididos de 12/12 h, VOvia oral ou IVintravenoso, por 5 dias. Toxoplasmose ocular: clindamicina, 150-300mg, VOvia oral, de 6/6 h, durante 3 semanas. Toxoplasmose em paciente imunossuprimido: na fase aguda, usar clindamicina, 450-600mg, VOvia oral ou IVintravenoso, de 6/6 h, e pirimetamina, 50-75mg, VOvia oral, de 24/24 h, por 6 semanas. Pneumocistose: 900mg, IVintravenoso, de 8/8 h, combinada com primaquina, 30mg, VOvia oral, por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. Para diminuir a irritação gastroesofágica, administrar com água.
  • Via sonda: as cápsulas podem ser abertas e o seu pó dissolvido em 10mL de água fria para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-100mL ou na concnetração máxima de 18mg/mL para restrição hídrica. A infusão deve ser realizada em 30-60min, a uma velocidade não superior a 30mg/min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via tópica: aplicar a solução tópica na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Eritromicina: o uso concomitante com clindamicina reduz o nível sérico da eritromicina, diminuindo o efeito.
  • Atracúrio, vecurônio, pancurônio: o uso concomitante com clindamicina poderá aumentar os efeitos do atracúrio; considerar redução de dose do mesmo e monitorar depressão respiratória.
  • Ciclosporina: o uso concomitante poderá diminuir a biodisponibilidade da ciclosporina; monitorar efeitos da ciclosporina, pois ajustes de doses podem ser necessários.

Lactação. Compatível.

 

Diazepam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A. Ansiolítico.

Apresentações. Comprimidos simples de 5 e 10mg; comprimidos revestidos de 5mg; ampola com 5mg/mL em 2mL; ampola com 10mg/mL em 1mL; solução oral (gotas) com 3mg/mL em 20mL, gel retal manipulado. Receituário. Notificação de Receita B (azul).

Usos. Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, sintomas de abstinência ao álcool, insônia, relaxante musculoesquelético, estado de mal epilético, profilaxia para crises convulsivas febris, sedação para procedimentos.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, usuário de drogas, hipersensibilidade a outros benzodiazepínicos, insuficiência respiratória, gestação (categoria de risco D), lactação.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5-10mg/1x/dia, VOvia oral, à noite; aumentar progressivamente quando necessário; a dose usual é de 20mg/dia, em 2-4 tomadas. Anticonvulsivante: 10mg, IVintravenoso. Dose fácil: 0, 3mg/kg/dose = peso × 0,06 = mL da ampola 10mg/2mL.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado com volume adequado de água para administração (uso imediato). O tubo deve ser irrigado antes e após a administração do medicamento para evitar adsorção do mesmo ao material. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, lentamente (5mg/minuto). IVintravenoso/intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL de SGsoro glicosado 5% ou SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via intramuscular: sim, mas a absorção é errática e por isso deve ser intramuscular profunda.
  • Via retal: sim.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, cimetidina, claritromicina, eritromicina, fosamprenavir, isoniazida, itraconazol, propofol, ritonavir: poderá ocorrer sedação excessiva, confusão mental, ataxia.
  • Fluoxetina, omeprazol: o uso concomitante poderá aumentar os níveis séricos do diazepam ou prolongar seus efeitos.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, isoniazida, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, remifentanil, tiopental: risco aumentado de causar depressão respiratória.
  • Digoxina: poderá causar náuseas, vômitos e arritmias.
  • Fenitoína: o uso concomitante com diazepam poderá provocar variações nos efeitos da fenitoína; monitorar.

Lactação. Contraindicado.

 

Dipirona (Metamizol)

Grupo farmacológico. Analgésico, antipirético, antiespasmódico; pouca atividade anti-inflamatória. Derivado da pirazolona (metamizol). Mecanismo de ação pouco conhecido, parece haver ação periférica e central.

Apresentações. Solução oral (gotas) com 500mg/mL em 10 e 20mL; ampola com 500mg/mL em 2 ou 5mL; ampola com 100mg/mL em 5mL; comprimido de 500mg; solução oral com 50mg/mL em 100mL; supositório infantil com 300mg; supositório adulto com 1.000mg.

Usos. Tratamento da dor aguda e crônica (de intensidade leve a moderada) e da febre.

Contraindicações. Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas.

Posologia.

  • Adultos: VOvia oral: 500-1.000mg, a cada 6 horas. Doses menores que 1g tem efeito antipirético; doses entre 1,5-2g tem efeito analgésico associado. Deve ser administrada em intervalos regulares e não se necessário; porém, deve-se evitar o uso crônico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; pode-se diluir a dose em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: recomenda-se diluir a dose em volume adequado de diluente conforme a restrição hídrica do paciente (10-20mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% para adultos) para diminuir irritação venosa; administrar na velocidade de 1mL/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, diltiazem: poderá causar aumento no risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Esmolol, propanolol, atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, furosemida, hidroclorotiazida: poderá ocorrer diminuição no efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, fluoxetina, clopidogrel, venlafaxina, duloxetina, escitalopram, enoxaparina: risco aumentado de desencadear sangramentos.
  • Tacrolimus: poderá resultar em insuficiência renal aguda. Evitar uso em pacientes com insuficiência renal.
  • Clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida: risco aumentado de hipoglicemia.

Lactação. Usar com precaução. Deve ser evitada nos primeiros 3 meses.

 

Enoxaparina

Grupo farmacológico. Heparina de baixo peso molecular; liga-se à antitrombina III e exerce sua atividade anticoagulante principalmente pela inibição do fator Xa.

Apresentações. Seringas preenchidas de 20, 40, 60, 80, 100mg com 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1mL, respectivamente.

Usos. Tratamento da TVPtrombose venosa profunda; profilaxia da TVPtrombose venosa profunda e recidivas associadas à cirurgia ortopédica, à cirurgia geral, recidivas em pacientes acamados; prevenção da coagulação do circuito extracorpóreo durante hemodiálise; tratamento da angina instável e do IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST.

Contraindicações. Trombocitopenia, hemorragia ativa de grande porte e condições de alto risco de hemorragia incontrolável, incluindo AVEacidente vascular encefálico hemorrágico recente.

Posologia.

  • Adultos: Profilaxia de TVPtrombose venosa profunda e TEPtromboembolismo pulmonar: 20-40mg, SC, 1x/dia. Tratamento da TVPtrombose venosa profunda, angina instável e IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST: 1mg/kg, SC, a cada 12 h. Na TVPtrombose venosa profunda, por 10 dias, e na angina instável e IAMinfarto agudo do miocárdio sem supradesnível de ST, por 2-8 dias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo – para IAMinfarto agudo do miocárdio semsupradesnível de ST: direto ou diluído em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%. Irrigar acesso venoso com SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%, antes e após a administração de enoxaparina.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, no abdome (cintura), alternando os lados direito e esquerdo. O paciente deve estar deitado em posição supina para a administração; introduzir a agulha verticalmente. Na dificuldade de administração na região do abdome, o medicamento pode ser administrado na coxa ou no braço, em local que apresente prega cutânea.

Interações medicamentosas.

  • AINEs, dasatinibe, salicilatos, alteplase, abciximabe, femprocumona, varfarina, droperidol, duloxetina, paroxetina, fluoxetina, sertralina, dipiridamol: o uso concomitante de enoxaparina com esses medicamentos poderá potencializar seu efeito; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Etanercepte

Grupo farmacológico. Anticorpo específico; proteína recombinante derivada do DNA que se liga ao receptor do fator de necrose tumoral. Antirreumático.

Apresentação. Estojos com kit para aplicação com 25mg ou 50mg.

Usos. Artrite reumatoide e espondilite anquilosante moderadas a graves e não responsivas a outros tratamentos; artrite crônica juvenil poliarticular e refratária a outros tratamentos; artrite psoriática; psoríase em placa crônica.

Contraindicações. Infecção ativa significativa com risco de sepse ou sepse instalada.

Posologia.

  • Adultos: artrite reumatoide, artrite psoriática, espondilite anquilosante: 50mg, 1x/semana, ou 25mg, 2x/semana. A dose deve ser administrada no mesmo dia ou com 3-4 dias de intervalo.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim; fazer rodízio nos locais de aplicação, mantendo
  • uma distância de, pelo menos, 3 cm entre um local e outro; preferir coxa, abdome e parte posterior do braço. Não aplicar a injeção em áreas em que a pele esteja sensível, com hematoma, avermelhada ou endurecida. Para a aplicação, a agulha deve ser trocada (não utilizar a mesma do preparo).

Interações medicamentosas.

  • Vacinas no geral (febre amarela, varicela, sarampo, caxumba, rubéola, rotavírus): poderá ocorrer variação na resposta imunobiológica; não recomendado o uso.
  • Abatacepte: poderá ocorrer aumento no risco de infecção.
  • Ciclofosfamida: o uso concomitante poderá aumentar os níveis plasmáticos da ciclofosfamida. Uso não recomendado.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenitoína

Grupo farmacológico. Antiepiléptico e antiarrítmico classe IB; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimido de 100mg; ampola com 50mg/mL em 5mL; suspensão oral com 25mg em frasco de 120mL.

Usos. Crises tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, prevenção de convulsões após trauma ou neurocirurgia. Arritmias causadas por toxicidade por digitálicos, epidermólise bolhosa.

Contraindicações. Bloqueio AVatrioventricular de 2º ou 3º graus, doença do nó sinusal, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: iniciar com ataque IVintravenoso de 10-15mg/kg, pode ser fracionada; dose máxima de 1g; dose de manutenção de 300mg/dia, IVintravenoso, em três doses. Na manutenção do tratamento anticonvulsivante: 300mg/ dia, VOvia oral, distribuídos normalmente em 3 tomadas. Nas arritmias: ataque de 1g, VOvia oral, em 24 h; ou 100mg, de 5/5 min, IVintravenoso, até 1g; manutenção: 200-600mg/dia, VOvia oral.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. A presença de alimentos minimiza potenciais efeitos gastrintestinais; recomenda-se administrar sempre da mesma forma em relação à presença de alimentos (com ou sem).
  • Via sonda: os comprimidos podem ser macerados e misturados em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se a dose em 20mL de água a fim de diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: a dieta enteral (SNG) deve ser pausada 1-2 h antes e deve ser reiniciada 1-2 h após a administração do medicamento, pois os níveis plasmáticos da fenitoína poderão reduzir-se em cerca de 70-80% quando administrado com dietas enterais contínuas.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, sem diluir a dose (irrigar o trajeto de infusão no final com SFsoro fisiológico 0,9% para evitar irritação venosa), a velocidade de infusão recomendada em adultos é de 20-50mg/min. IVintravenoso/intermitente: administrar as soluções diluídas em 15 a 30 min, diluir a dose em 50-100mL de SFsoro fisiológico 0,9%.
  • Via intramuscular: não recomendada; evitar pelo risco de dor, dano ao tecido e absorção errática.
  • Via subcutânea: não recomendada; evitar pelo risco de dano ao tecido causado pelo alto pH da solução.

Interações medicamentosas.

  • Paracetamol: o uso concomitante poderá diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade.
  • Acetazolamida: poderá aumentar o risco de osteomalacia.
  • Aciclovir, ácido acetilsalicílico, cisplatina, bleomicina, carboplastina, carmustina, clorpromazina, ciprofloxacino, darunavir: o uso concomitante poderá diminuir as concentrações plasmáticas da fenitoína, diminuindo o efeito anticonvulsivante.
  • Amiodarona amitriptilina, cloranfenicol, cimetidina, claritromicina, clobazam, clomipramina, clopidogrel, azitromicina, capecitabina, carbamazepina: poderá aumentar os níveis plasmáticos da fenitoína, levando a toxicidade (ataxia, hiperreflexia, nistagmo, tremor).
  • Amprenavir, atorvastatina, betametasona, bussulfano, clozapina: o uso concomitante com fenitoína poderá reduzir a eficácia do outro medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenobarbital

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; ativação de receptores GABA-A, o que leva a um aumento de fluxo de Cl- para dentro das células, hiperpolarizando-as.

Apresentações. Comprimidos de 50 e 100mg; solução oral com 40mg/mL em frasco de 20mL; ampola com 200mg/mL em 1mL.

Usos. Crises generalizadas tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, crises febris, sedação, prevenção e redução da bilirrubina em colestase crônica.

Contraindicações. Dispneia, obstrução da via aérea, porfiria, gestação (categoria de risco D) e depressão do SNCsistema nervoso central prévia.

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: dose de ataque de 15-18mg/kg/dose, dose máxima de 1g, dose de manutenção de 100-200mg/dia, VOvia oral, 1-2x/dia. Sedação oral: 30-120mg/dia, divididos em 2-3 vezes. Sedação pré-operatória, IMintramuscular, EV, 100-200mg, 1 h antes do procedimento; hiperbilirrubinemia: 90-180mg/dia, divididos em 2 a 3 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: a solução oral e os comprimidos podem ser administrados com água, leite ou suco de fruta.
  • Via sonda: para a administração via sonda, pode-se dispersar os comprimidos em 10mL de água e administrar imediatamente. Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se as gotas em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em igual proporção de soro (1:1), administrar em 3-5 min. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em soro na concentração máxima de 30-130mg/mL. Não pode ser administrado rápido, no máximo 60mg/min, em adultos (> 60 kg).
  • Via intramuscular: sim, não exceder 5mL por sítio em adultos.
  • Via subcutânea: não recomendado (risco de irritação local, dano ao tecido, necrose).

Interações medicamentosas.

  • Ácido valproico, primidona: o uso concomitante poderá aumentar a concentração plasmática do fenobarbital.
  • Petidina, diuréticos: poderão ter seus efeitos mais evidentes na presença de fenobarbital.
  • Colestiramina, ácido fólico, ácido folínico, piridoxina, rifampicina, anfetaminas: esses medicamentos poderão diminuir os níveis séricos do fenobarbital.
  • Paracetamol, nifedipino, cloranfenicol, ciclosporina, darunavir, doxiciclina, etoposido, irinotecano, lamotrigina, metadona, nilotinib, anticoncepcionais orais, oxcarbazepina, teofilina, nortriptilina, ácido valproico, voriconazol: o fenobarbital poderá reduzir os níveis séricos desses medicamentos, reduzindo seus efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Comprimidos de 40mg; ampola com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICCinsuficiência cardíaca congestiva. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IRinsuficiência renal é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VOvia oral, 1-3x/dia. Dose injetável (IMintramuscular ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do comprimido para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto sem diluir, em 1 a 2min. IVintravenoso/intermitente: diluir o medicamento em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Interações com alimentos.

  • A presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

 

Gentamicina

Grupo farmacológico. Antibiótico; aminoglicosídeo.

Apresentações. Ampolas com 20, 40, 80, 120, 160 e 280mg nos volumes 1, 1,5 e 2mL; pomada oftálmica 3 ou 5mg/g e colírio 5mg/g em 5mL.

Usos. É o aminoglicosídeo de escolha em instituições nas quais as taxas de resistência dos Gram-negativos são baixas. Associada à ampicilina, à penicilina ou à vancomicina no tratamento de endocardite por Enterococcus sp. ou por Streptococcus viridans; associada à vancomicina e à rifampicina para o tratamento de endocardite por Staphylococcus coagulase-negativo em válvula protética e à penicilina para o tratamento de endocardite por Corynebacterium sp.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 5-7mg/kg/dose, máximo de 300mg/dia, dose única. Nos pacientes com função renal instável, endocardite, meningite ou aumento do volume, como nas gestantes, ascite e edema podem ser usadas doses fracionadas de 8/8 h. Doses tradicionais: Infecções leve-moderadas: 2mg/kg ataque, depois 1,7-2mg/kg a cada 8 h (pico de > 6 µg/mL e vale < 2g/mL). Infecções graves ou Pseudomonas: 3mg/kg, ataque, depois 2mg/ kg, a cada 8 h (pico de > 8 µg/mL e vale < 2 µg/mL). Sinergismo com betalactâmicos para Gram-positivos: 1mg/kg a cada 8 h (pico 3-5 µg/mL). Em sinergismo dose única diária de 3mg/kg pode ser considerada para S. bovi ou Streptococcus viridans (apenas se MIC < 0,5µg/mL). Dose oftálmica – pomada: aplicar 2-3x/dia, solução: 1-2 gotas em cada olho a cada 2-4 h, em infecções graves instalar 2 gotas em cada hora. Dose intratecal/Intraventricular – 4 a 8mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oftálmica: instilar o colírio na região afetada e pressionar o saco conjuntival por 1-2 min depois da instilação para diminuir riscos de absorção e efeitos sistêmicos. A pomada pode ser aplicada no saco conjuntival. Cuidar para não encostar os instiladores na mucosa oftálmica (contaminação).
  • Via endovenosa: Bolo: não recomendado. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-200mL de SFsoro fisiológico 0,9%, SGsoro glicosado 5% ou Ringer e administrar em 30 a 120 min. Pacientes em restrição hídrica: considerar concentração máxima de 10mg/mL para diluição da dose em soro.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Carboplatina, colistimetato, ciclosporina: a gentamicina poderá potencializar os efeitos desses medicamentos.
  • Carboplatina: o uso concomitante poderá potencializar efeitos de ototoxicidade.
  • Cidofovir, ciclosporina, tacrolimus, vancomicina: poderá potencializar efeitos de nefrotoxicidade.
  • Anfotericina B, cisplatina, furosemida, vancomicina, AINEs: os efeitos da gentamicina poderão ser potencializados por esses medicamentos.
  • Pancurônio, vecurônio, rocurônio: poderá ocorrer prolongamento do efeito neuromuscular, levando a depressão respiratória e paralisia.
  • Penicilinas (ampicilina, oxacilina, piperacilina, ticarcilina, penicilina G): poderá ocorrer diminuição na eficácia da gentamicina por efeitos de antagonismo entre os medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Hidralazina

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Vasodilatador direto.

Apresentações. Drágea de 25 e 50mg, ampola com 20mg em 1mL; comprimido de 50mg.

Usos. Emergências hipertensivas, ICCinsuficiência cardíaca congestiva, hipertensão secundária à pré-eclâmpsia/eclâmpsia.

Contraindicações. Doença valvar mitral reumática.

Posologia.

  • Adultos: HAShipertensão arterial sistêmica (VOvia oral): 10mg, 4x/dia; aumentar 10-25mg/dose a cada 2-5 dias (máximo: 300mg/dia). Pré-eclâmpsia (IVintravenoso/IMintramuscular): 5mg/dose e, após, 5-10mg a cada 20 min, conforme a necessidade. Hipertensão (IMintramuscular/IVintravenoso): 10-20mg/dose, a cada 4-6 h (usual: 40mg/dose).

Modo de administração.

  • Via oral: recomenda-se administrar com a presença de alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir das drágeas. No momento da administração: pausar a dieta enteral pelo maior tempo possível (pode ocorrer diminuição na absorção do medicamento, resultando em menor efeito do medicamento). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, em 1 min. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose na concentração máxima de 20mg/mL, sendo que doses até 40mg podem ser diluídas em 50-100mL de SFsoro fisiológico 0,9% e administradas em 30 min e, doses acima de 40mg, em 250mL de SFsoro fisiológico 0,9% e administradas em 1 h.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Furosemida: poderá resultar em aumento do efeito diurético da furosemida.
  • Diazóxido, moclobemida, selegelina: poderá ocorrer aumento nos efeitos da hidralazina.
  • Indometacina, metilfenidato: o uso concomitante poderá ocasionar um decréscimo no efeito da hidralazina.
  • Metoprolol, propanolol, rituximab, amifostina: poderá ocorrer aumento dos níveis séricos desses medicamentos, desencadeando possíveis efeitos adversos.

Lactação. Compatível.

 

Lamotrigina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 25, 50,100 e 200mg; comprimidos dispersíveis de 5, 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Crises epiléticas parciais e generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas; tratamento das crises convulsivas da síndrome de Lennox-Gastaut. Existem evidências crescentes que lamotrigina pode ser efetiva contra epilepsia mioclônica juvenil e crises de ausência. Manutenção no tratamento do transtorno bipolar em adultos. Tratamento da dor crônica neuropática.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: no tratamento adjuvante contendo o ácido valproico, iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, por 4 semanas, aumentando então 25mg (50mg/dia) nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 50mg/dia semanalmente. Dose de manutenção: 100-400mg/dia 1-2x/dia. Tratamento adjuvante não contendo o ácido valproico: iniciar com 50mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando então para 100mg/dia nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 100mg/dia semanalmente. A dose usual é de 300-500mg/dia, administrados 1-2x/dia. Transtorno bipolar: no tratamento adjuvante contendo o ácido valproico, iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando 25mg (50mg/dia) nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 50mg/dia semanalmente. Dose de manutenção: 200mg/dia. Tratamento adjuvante não contendo o ácido valproico: iniciar com 50mg/dia, VOvia oral, por 2 semanas, aumentando para 100mg/dia nas próximas 2 semanas. A partir daí, a dose pode ser aumentada em mais 100mg/dia semanalmente. A dose usual é de 400mg/dia, administrados 1-2x/dia. Dor neuropática crônica: 25-50mg/dia, aumentando até 200-500mg/dia (administrados 1-2x/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos, via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água fria para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • A administração com fenitoína, carbamazepina e fenobarbital reduz as concentrações plasmáticas da lamotrigina.
  • Valproato de sódio: os efeitos da lamotrigina poderão aumentar, pois os níveis plasmáticos estão aumentados.
  • Anticoncepcionais orais, primidona, rifampicina, ritonavir: poderá ocorrer diminuição dos efeitos da lamotrigina.

Lactação. Não recomendado.

 

Mesalazina

Grupo farmacológico. Derivado do ácido 5-aminosalicílico (5ASA).

Apresentações. Comprimidos revestidos de 400mg, 500mg e 800mg; envelope com 2 ou 3 g + frasco-diluente com 100mL; supositório com 250, 500 ou 1.000mg; suspensão retal com 40mg/mL em frascos de 50 ou 100mL; enema retal com 10mg/mL em 100mL.

Usos. Tratamento dos sintomas leves a moderados da colite ulcerativa e manutenção da sua remissão. Os supositórios de mesalazina também são utilizados no tratamento de retocolite distal, como nas proctites e proctossigmoidites.

Contraindicações. Hipersensibilidade a salicilatos e sulfazalazina.

Posologia.

  • Adultos: tratamento da colite ulcerativa: 2.400-4.800mg/dia em doses divididas. Manutenção da remissão: 1.200-2.400mg/dia. Supositórios: 250mg, 2-4x/dia; 500mg, até 3x/dia; 1.000mg, 1x/dia. Enema: 1-4g, ao deitar, até o dia seguinte.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos.
  • Via sonda: não recomendado.
  • Via retal: sim, manter a retenção do supositório por 1-3 h e do enema, por 8 h.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, fosfato de alumínio, hidróxido de magnésio: o uso concomitante poderá alterar a biodisponilibilidade da mesalazina; não recomendado uso.
  • Azatioprina, mercaptopurina, tioguanina: poderá resultar em mielossupressão.
  • Enoxaparina, nadroparina, varfarina: risco de sangramentos.
  • Glibenclamida: risco de hipoglicemia excessiva.
  • Vacina varicela: poderá desenvolver a síndrome de Reye.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metformina

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; biguanida.

Apresentações. Comprimidos simples de 850mg; comprimido revestido de 500, 850mg e 1g; comprimido de liberação prolongada de 500 ou 750mg.

Usos. DMdiabete melito tipo 2.

Contraindicações. Insuficiência renal (TFG < 30mL/min), ou patologias agudas que possam alterar função renal (desidratação, febre, estados infecciosos ou hipóxicos graves) insuficiência hepatocelular, alcoolismo agudo ou crônico, cetoacidose, acidose lática ou situações que aumentam o risco de acidose lática (infecções graves, insuficiência cardíaca congestiva).

Posologia.

  • Adultos: Comprimidos de liberação imediata: iniciar com 500mg, 2x/dia, ou 850mg, 1x/dia. O aumento da dose deve ser feito semanalmente com o aumento de 500mg/dia ou 850mg/dia. Geralmente, não há resposta clínica com doses < 1.500mg/dia. Doses de até 2.000mg podem ser dadas 2 x/dia. Acima de 2.000mg, a dose deve ser dividida em 3 tomadas, mas em geral não acrescenta benefício. Dose máxima: 2.550mg/dia. Comprimidos de liberação prolongada: dose inicial: 500-1.000mg, 1x/dia. Ajustes semanais de 500mg/dia. Dose máxima: 2.000-2.500mg, 1x/dia.
  • 10-16 anos: dose inicial: 500mg, 2x/dia. Ajustes de 500mg/dia devem ser feitos em intervalos semanais, em doses divididas. Dose máxima: 2.000mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o comprimido de liberação imediata pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos minimiza possíveis efeitos adversos; administrar durante ou logo após as refeições. O comprimido de liberação prolongada deve ser administrado com a refeição da noite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido de liberação imediata (não pode ser o de liberação prolongada), em 10-20mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, cefalexina, cimetidina, digoxina, morfina, nadolol, nifedipino, ranitidina, topiramato, trimetoprima, vancomicina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da metformina, levando à toxicidade (náuseas, vômitos, diarreia).
  • Levotiroxina: poderá resultar em diminuição dos efeitos da metformina.
  • Atenolol, carvedilol, ciprofloxacino, esmolol, levofloxacino, metoprolol, norfloxacino, propanolol, sotalol: poderá provocar hipotensão, hipertensão ou hipoglicemia.
  • Moclobemida, pargilina: poderá resultar em excessiva hipoglicemia e alterações no SNCsistema nervoso central.

Lactação. Não recomendado.

 

Metoclopramida

Grupo farmacológico. Anti-hemético; antagonista dos receptores D2 da dopamina e aceledora da motilidade do trato gastrintestinal.

Apresentações. Comprimido de 10mg; ampola com 5mg/mL em 2mL; solução oral adulto (gotas) com 1mg/mL em 100mL; solução oral pediátrica (gotas) com 4mg/mL com 10mL; supositório adulto de 10mg; supositório pediátrico de 5mg.

Usos. Tratamento e prevenção de náuseas e vômitos; estimulante do esvaziamento gástrico; facilitador da colocação de sondas enterais pós-pilóricas.

Contraindicações. Obstrução gastrintestinal, perfuração ou hemorragia; feocromocitoma; história de convulsões.

Posologia.

  • Adultos: Vômitos: 10mg/dose. Prevenção de vômitos induzidos por quimioterapia: 1-2mg/kg, IVintravenoso, 30min antes do tratamento e posteriormente em intervalos de 4-6 h. Prevenção de náuseas e vômitos pós-operatórios: 10-20mg, IVintravenoso, antes do término da cirurgia, seguido de intervalos de 4-6h. Acelerador do esvaziamento gástrico (gastroparesia diabética): 10mg, VOvia oral, 30min antes das refeições e na hora de dormir. Colocação de sonda pós-pilórica: 10mg, IVintravenoso.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os comprimidos e a solução oral 30min antes das refeições e ao deitar.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a solução oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: doses de 10mg podem ser administradas lentamente, em 2-3min, sem necessidade de diluição em soro. IVintravenoso/intermitente: a administração deve ser lenta, de 15-30min, na velocidade de 5mg/min. A dose deve ser diluída na concentração máxima de 5mg/mL (ou 50mL), em SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina, venlafaxina, sertralina: os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos poderão aumentar na presença de metoclopramida.
  • Antiparkisonianos, posaconazol: poderão apresentar eficácia reduzida pela presença da metoclopramida.
  • Peginterferon: poderá diminuir os efeitos esperados da metoclopramida.
  • Amitriptilina, aripiprazol, clorpromazina, desvenlafaxina, clomipramina,
  • fluoxetina, maprotilina, olanzapina, quetiapina: aumento nos efeitos
  • extrapiramidais.
  • Didanosina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da didanosina.
  • Linezolida: o uso concomitante poderá desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metoprolol

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Betabloqueador; β-1 seletivo.

Apresentação. Tartarato de metoprolol: Comprimidos revestidos de 100mg; comprimidos simples de 100 e 200mg; ampolas e seringas preenchidas com 1mg/mL em 5mL. Succinato de metoprolol: comprimidos revestidos de liberação controlada de 25, 50, 100 e 200mg.

Usos. Cardiopatia isquêmica (angina estável, instável e pós-IAMinfarto agudo do miocárdio), ICCinsuficiência cardíaca congestiva, HAShipertensão arterial sistêmica, arritmias (reentrada nodal AVatrioventricular, reentrada AVatrioventricular, taquicardia sinusal inapropriada, síndrome do QT longo adrenérgico-dependente, taquicardia ventricular induzida pelo exercício, diminuição de resposta ventricular em fibrilação e flutter atrial, síncope vasovagal), profilaxia da migrânea.

Contraindicações. Doença do nó sinusal, bloqueio AVatrioventricular de 2º ou 3º graus, choque cardiogênico, hipotensão, acidose metabólica, distúrbio arterial periférico severo, feocromocitoma não tratado, ICCinsuficiência cardíaca congestiva descompensada, asma brônquica, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, flutter e fibrilação atrial em pacientes com síndrome de Wolff-Parkinson-White, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Arritmia: ataque: 5mg, IVintravenoso; pode repetir 2x (máximo 15mg); manutenção: 100-200mg/dia, VOvia oral. Angina, hipertensão: iniciar com 50mg/2x/ dia e ir ajustando a dose em intervalos semanais; dose de manutenção de 100-450mg/dia em 2-3 doses, VOvia oral. Para o succinato de metoprolol (de liberação prolongada), pode-se iniciar 25-100mg/dia em uma única dose, com dose de manutenção de até 400mg/d. Na ICCinsuficiência cardíaca congestiva, inicia-se com doses menores (12,5-25mg/dia), com aumentos graduais a cada 2 semanas, até 200mg/dia. No uso endovenoso (em especial no IAMinfarto agudo do miocárdio): 1,5 a 5mg em 2 minutos, podendo-se repetir até 3 ampolas. Se houver necessidade de manter uso endovenoso, a dose de manutenção deve ser administrada a cada 6-12 horas (até 15mg a cada 3 horas podem ser necessários). Quando houver troca do tartarato de metoprolol para o succinato (liberação prolongada), a mesma dose diária total deve ser utilizada.

Modo de administração.

  • Via oral: Comprimidos de liberação imediata (tartarato): administrar com alimentos ou logo após os mesmos. Comprimidos de liberação prolongada (succinato): podem ser administrados com ou sem a presença de alimentos; não podem ser triturados ou esmagados, mas podem ser partidos ao meio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a suspensão oral preparada a partir do comprimido de liberação imediata (tartarato). Esses comprimidos podem ser triturados e o seu pó dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: doses de 5mg são administradas em 2 minutos (rapidamente). IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 100mL de SFsoro fisiológico 0,9%, SGsoro glicosado 5% ou Ringer e administrar em 30-60 minutos.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, cimetidina, ciprofloxacino, darunavir, diltiazem, doxazosina, nifedipino, nimodipino: o uso concomitante poderá resultar em hipotensão e/ou bradicardia.
  • Adrenalina: poderá resultar em hipertensão e/ou bradicardia.
  • Dipirona, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, naproxeno, fenobarbital: poderá diminuir os efeitos do metoprolol.
  • Atazanavir: poderá resultar em prolongamento do intervalo PR.
  • Celecoxibe, cinacalcet, citalopram, difenidramina, escitalopram, fluoxetina, hidralazina, paroxetina: poderá resultar em aumento nas concentrações plasmáticas do metoprolol (bradicardia, hipotensão, disfunção respiratória, falência cardíaca aguda, fadiga).
  • Glibenclamida, insulina, metformina: hipertensão, hipotensão e hipoglicemia.
  • Clorpromazina, digoxina: poderá resultar em aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos tóxicos.
  • Dobutamina: poderá resultar em diminuição nos efeitos desses medicamentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Metotrexato

Grupo farmacológico. Agente citostático; antimetabólito do folato que inibe a síntese de DNA.

Apresentações. Comprimido de 2,5 mg; frasco-ampola com 25 mg/mL em 1, 2, 10 ou 20mL; frasco-ampola com 500mg em 20mL; frasco-ampola com 100mg/mL em 5, 10 ou 50mL; frasco-ampola com 2,5mg/mL em 2mL.

Usos. Artrite reumatoide refratária a outros tratamentos; psoríase; neoplasia trofoblástica; leucemias; osteossarcomas, sarcomas de tecidos moles; linfomas; carcinoma de mama, pulmão, bexiga e epidermoide de cabeça e pescoço; doença inflamatória intestinal.

Contraindicações. Disfunção hepática ou renal graves, gestação (categoria de risco X), lactação, pacientes com artrite reumatoide ou psoríase com supressão da medula óssea, aids, discrasias sanguíneas (anemia significativa, trombocitopenia, leucopenia), doença hepática alcóolica.

Posologia.

  • Adultos: artrite reumatoide: 7,5mg/1x/semana ou 3 doses de 2,5mg com intervalos de 12 h por semana; dose máxima semanal de 20mg. Psoríase: 2,5-5mg/dose, VOvia oral, a cada 12 h por 3 doses semanalmente. IMintramuscular.: 10 -25mg/1x/semana. A dosagem antineoplásica varia de 30-40mg/m2/semana a 100-12.000mg/m2 IVintravenoso, dependendo da neoplasia.
  • Doses entre 100-500mg/m2 podem requerer o uso de leucovorina. Doses > 500mg/m2 requerem uso de leucovorina: IVintravenoso, IMintramuscular ou VOvia oral: leucovorina 10-15mg/m2 a cada 6 h, por 8 ou 10 doses, iniciando 24 h depois de iniciar a infusão do metotrexato.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos; preferencialmente, sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido ou a dose do injetável (sem conservantes) podem ser misturados em água para uso imediato (verificar com farmácia os cuidados na manipulação de antineoplásicos). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: para doses baixas, lentamente (concentração máxima de 25mg/mL). IVintravenoso/intermitente: para doses intermediárias, que são diluídas em 50-250mL e administradas em 30 min ou mais. IVintravenoso/contínuo: para altas doses de medicamento, são diluídas acima de 500mL de soro (ou concentração máxima de 25mg/mL).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via intratecal: metotrexato sem conservantes deve ser diluído em SFsoro fisiológico 0,9%, na concentração de 2mg/mL (volume total: 3 a 10mL).

Interações medicamentosas.

  • Acitretina, adapaleno, azatioprina, isotretinoína: poderá ocorrer aumento dos riscos de hepatotoxicidade.
  • Amiodarona, amoxicilina, ácido acetilsalicílico, ciprofloxacino, ciclosporina, dantroleno, diclofenaco, dipirona, doxiciclina, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, nimesulida, omeprazol, penicilinag, penicilina V, fenitoína, sulfametoxazol/trimetoprima: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos adversos do metotrexato (leucopenia, trombocitopenia, anemia, nefrotoxicidade, mucosite).
  • Vacinas: risco de infecção aumentado.
  • Asparaginase, cloranfenicol, colestiramina, tetraciclina: poderá diminuir os efeitos do metotrexato.
  • Hidroclorotiazida, pirimetamina: mielossupressão.
  • Varfarina: aumento no risco de sangramento.

Lactação. Contraindicado.

 

Metronidazol

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Nitroimidazólico.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250mg ou 400mg; comprimido revestido de 500mg; gel vaginal 100mg/g em 50 g + aplicador; sus- pensão oral com 40mg/mL em 80 ou 100mL; solução injetável (bolsa plástica) com 500mg em 100mL; solução injetável com 5mg/mL em 250mL.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase e infecções por H. pylori e Gardnerella vaginalis.

Contraindicações. Gestação no 1º trimestre.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 500 a 750mg, a cada 8 h. Infecções por anaeróbios (oral, IVintravenoso): 30mg/kg/dia, a cada 6 h (dose máxima 4g/dia). Colite pseudomembranosa (oral): 250 a 500mg a cada 6-8 h por 10-14 dias. Helicobacter pylori: 250 a 500mg, 3x/dia. Gardnerella: 500 a cada 12 h por 7 dias. Trichomonas: 500mg a cada 12 h por 7 dias ou 2 g em dose única. Profilaxia cirúrgica (coloretal): IVintravenoso, 15mg/kg 1 h antes do procedimento, seguido por 7,5mg/kg, 6-12 h após a dose inicial. Uso tópico: aplicar uma fina camada a cada 12 h. Uso vaginal: 1 aplicador (5 g) intravaginal, 1-2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio. Se efeitos gastrintestinais ocorrerem, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IVintravenoso/intermitente: administrar em 30-60min, a solução em bolsa já vem pronta para uso, não sendo necessária diluição extra em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intravaginal: para uso intravaginal somente (gel).

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano, carbamazepina, ciclosporina, di-hiidroergotamina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus: poderá ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Colestiramina, fenobarbital: os efeitos do metronidazol poderão ser diminuídos.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: risco de sangramento aumentado.
  • Micofenolato mofetil: os efeitos do micofenolato poderão diminuir na presença do metronidazol.

Lactação. Não recomendado.

 

Nitrofurantoína

Grupo farmacológico. Antisséptico urinário.

Apresentações. Cápsula com 50 e 100mg; comprimido de 100mg; suspensão oral com 5mg/mL em 60 e 120mL.

Usos. Profilaxia e tratamento de infecções não complicadas do trato urinário inferior, supressão da bacteriúria associada à cateterização vesical, tratamento a longo prazo de infecções crônicas do trato urinário e esterilização da urina antes de procedimentos cirúrgicos.

Contraindicações. IRinsuficiência renal, gestação a termo, durante o trabalho de parto.

Posologia.

  • Adultos: 50 a 100mg, VOvia oral, de 6/6 h. No tratamento supressivo, 50-100mg, VOvia oral, de 24/24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, mas a administração com alimentos aumenta a sua absorção. A suspensão oral pode ser misturada a alimentos, leite, sucos de frutas ou fórmulas infantis.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Fluconazol: risco aumentado de desenvolver toxicidade hepática e pulmonar.
  • Ácido fólico: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do ácido fólico.
  • Norfloxacino: ocorre antagonismo de efeito, diminuindo a ação esperada do norfloxacino.

Lactação. Não recomendado.

 

Ondansetrona

Grupo farmacológico. Antiemético; agente antisserotonérgico que age ligando-se aos receptores 5-HT3, presentes na zona do gatilho.

Apresentações. Comprimidos simples e revestidos de 4 e 8mg; comprimido sublingual de 4 e 8mg; ampola com 2mg/mL em 2 ou 4mL; ampola com 4mg/mL em 2mL; ampola com 8mg/mL em 4mL.

Usos. Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia antineoplásica, radioterapia corporal total ou abdominal; prevenção e tratamento de náuseas e vômitos no pós-operatório.

Contraindicações. Hipersensibilidade à droga, a outros fármacos da mesma classe ou a qualquer componente da formulação.

Posologia.

  • Adultos:
    • Prevenção de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia: IVintravenoso, 0,15mg/kg, 3x/dia, iniciando 30min antes da quimioterapia ou 0,45mg/kg, 1x/dia, ou 8-10mg, 1-2x/dia, ou 24-32mg, 1x/dia; VOvia oral para agentes com alto poder emetogênico: 24mg, 30min antes do início da quimioterapia; para os de médio poder emetogênico: 8mg a cada 12 h, começando 30min antes da terapia e continuando até 2 dias após completado o tratamento.
    • Náuseas e vômitos pós-operatórios: IVintravenoso, 4mg 30min antes do término da anestesia, ou como tratamento se surgir vômito após a cirurgia; VOvia oral: 16mg 1 h antes da indução anestésica.
    • Irradiação corporal total: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia.
    • Radioterapia fracionada abdominal: 8mg, 1-2 h antes de cada fração diária de radioterapia, após, 8mg, 8 h após o tratamento.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Para pacientes com problemas de deglutição, pode-se diluir a ampola em 26mL de suco de laranja ou refrigerantes à base de cola (estável por 1 h em temperatura ambiente). Deve-se administrar 30min antes da quimioterapia, 1-2 h antes da radioterapia e 1 h antes da indução anestésica.
  • Via sublingual: o comprimido sublingual deve ser colocado embaixo da língua até a completa dissolução pela saliva. Não mastigar e não engolir inteiro.
  • Via sonda: administrar via sonda a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. O comprimido pode ser triturado e o seu pó disperso em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: administrar direto, sem diluir, em 2-5min; IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 15min.
  • Via intramuscular: sim, não diluído.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, droperidol, enflurano, halotano, pimozida, sotalol, tioridazina: risco de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Ciclosfosfamida: poderá ocorrer diminuição no efeito da ciclosfosfamida.

Lactação. Usar com precaução.

 

Oseltamivir

Grupo farmacológico. Antiviral, inibidor da neuroaminidase.

Apresentações. Cápsula com 30, 45 e 75mg; suspensão pó para uso oral 12mg/mL (30 g).

Usos. Tratamento e profilaxia de Influenza.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Tratamento (por 5 dias): 75mg, 2x/dia. Deve ser iniciado nas primeiras 48 h a partir dos sintomas. Profilaxia (por 10 dias): 75mg, 1x/dia (deve ser iniciado até 2 dias após o contato com o vírus).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. Preferencialmente, as cápsulas devem ser deglutidas inteiras, sem mastigar, com água; mas, em caso de problemas de deglutição, podem ser abertas e misturadas em líquidos adocicados. A presença de alimentos minimiza efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda. As cápsulas podem ser abertas e o seu conteúdo dissolvido em água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Vacina anti-influenza: poderão ocorrer variações na resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Penicilina G benzatina

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina.

Apresentações. Frasco-ampola com 600.000 UI ou 1.200.000 UI.

Usos. Tratamento da faringite, do impetigo e da sífilis e profilaxia primária e secundária de febre reumática.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Infecções de vias aéreas superiores por Estreptococo do grupo A: 1,2 milhões de UI, IMintramuscular, em dose única. Síflis primária, secundária ou sífilis latente: 2,4 milhões UI, IMintramuscular, em dose única. Sífilis tardia, terciária e neurossíflis: 2,4 milhões UI/ semana, IMintramuscular, durante 3 semanas. No tratamento da síflis nos pacientes HIV-positivo, deve-se usar penicilina G cristalina, 20 milhões UI/dia, EV, por 10 dias. Profilaxia da febre reumática: 1,2 milhões UI, IMintramuscular, 1x/mês.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: sim; no quadrante superior do glúteo.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: poderá aumentar o efeito da penicilina.
  • Tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina: o uso concomitantepoderá interferir no efeito da penicilina, antagonizando seu efeito.

Lactação. Compatível.

 

Penicilina G cristalina (Potássica)

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina.

Apresentação. Frasco-ampola com 1.000.000 e 5.000.000 UI.

Usos. Erisipela, pneumonia, sífilis, meningite, endocardite bacteriana, sepse e infecções da pele e de tecidos moles.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 2-24 milhões de UI/dia, EV, divididas de 4/4 ou 6/6 h. Proflaxia do estreptococo do grupo B na gestação: 5 milhões de UI/ataque, 2,5 milhões de UI a cada 4 h durante o trabalho de parto.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IVintravenoso/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% e administrar em 15-30 min (concentração final de 500.000 UI/mL).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: poderá aumentar o efeito da penicilina.
  • Tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina, ácido fusídico: o uso concomitante poderá interferir no efeito da penicilina, diminuindo ou antagonizando seu efeito.
  • Metotrexato: a penicilina poderá aumentar os níveis plasmáticos do metotrexato.

Lactação. Compatível.

 

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas e autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: as doses são de 2,5 a 60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adultos é de 4-5mg/m2/dia e depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças graves. Em geral, usa-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias; imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia; tireotoxicose: 60mg/dia; quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia; artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia); púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas; LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses, na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal; síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adultos; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máx. 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máx. 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: poderá resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: poderá resultar na diminuição dos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: poderá resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá potencializar risco de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: poderá resultar em edema periférico grave.

Lactação. Compatível.

 

Prometazina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico.

Apresentações. Comp 25mg, creme dermatológico 0,02g/g 30g, solução injetável 25mg/mL 2mL, solução oral gts 500 + 10 + 5mg/1,5mL com 20mL (dipirona + cloridrato de adifenina/prometazina).

Usos. Tratamento de cinetose e anafilaxia.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prometazina.

Posologia.

  • Adultos: Alergia: 12,5mg/dose, 3x, VOvia oral; 25mg/dose, IMintramuscular/EV; antiemético: 12,5-25mg/dose, 4x; sedação: 25-50mg/dose, IMintramuscular/EV.

Modo de administração.

  • Via oral: administração com alimentos diminui a irritação gástrica.
  • Via sonda: administrar a solução oral. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em 10-20mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5% (concentração máxima de 25mg/mL) e infundir em 15 min (não mais do que 25mg/min).
  • Via intramuscular: sim, é preferível à via EV.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Opioides, fenotiazinas, barbitúricos, anticonvulsivantes: o uso concomitante potencializa os efeitos sedativos.
  • Tramadol: o uso concomitante pode aumentar o risco de convulsões.

Lactação. Usar com precaução.

 

Salbutamol

Grupo farmacológico. Broncodilatador; β2-agonista de curta ação.

Apresentações. Aerossol pressurizado 100 µg de sulfato de salbutamol por jato com 200 doses e solução para nebulização com 5 µg/mL em 10mL; comprimidos de 2 e 4mg; ampola de 0,5mg/mL; xarope com 0,4mg/mL em 120mL.

Usos. Tratamento da crise e/ou manutenção da asma. Tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOCdoença pulmonar obstrutiva crônica. Prevenção do broncoespasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada com taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica ou indivíduos que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas.

Posologia.

  • Adultos: Spray: 100-200 µg a cada 4-6 h; nebulização: 8-10 gts em 3-4mL de SFsoro fisiológico 0,9% a cada 4-6 h. Na crise: spray, 4-8 jatos com espaçador, a cada 15 min na 1ah e, após, a cada 1-4 h. Nebulização: 10 gts a cada 15 min na 1a h e, após, a cada 1-4 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o xarope e os comprimidos com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: o xarope para administração via sonda pode ser diluído em volume adequado de água ou suco de frutas para diminuir a viscosidade (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado lentamente na concentração de 50 µg/mL. EV/contínuo: administrar na velocidade inicial de 5 µg/min, podendo-se aumentar a cada 15-30 min para 10-20 µg/min, em bomba de infusão. O medicamento não deve ser administrado sem diluição em soro; diluir a dose na concentração entre 10-20 µg/mL de SFsoro fisiológico 0,9% ou SGsoro glicosado 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via inalatória: Spray: agitar bem o spray antes do uso. Aplicação: segurar o inalador na posição vertical entre os dedos, a uma distância dos lábios, expirar lentamente até todo o ar sair dos pulmões. Ao disparar o jato, inspirar o ar pela boca e prender a respiração por 10 s. Se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. Nebulização: diluir a dose em SFsoro fisiológico 0,9% até completar 3mL; fazer uso de máscara facial.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da digoxina.
  • Esmolol, carvedilol, metoprolol, nadolol, pindolol, propanolol, sotalol: poderá ocorrer diminuição na eficácia com uso concomitante com salbutamol.
  • Lazabemida, linezolida, moclobemida, pargilina, procarbazina, rasagilina, selegilina: poderá ocorrer aumento nos riscos de agitação, taquicardia ou hipomania pelo aumento nos efeitos do salbutamol.

Lactação. Usar com precaução.

 

Sinvastatina

Grupo farmacológico. Hipocolesterolemiante; estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-Coenzima A.

Apresentações. Comprimidos simples ou revestidos de 5, 10, 20, 40 e 80mg.

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das tran saminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação. É contraindicado o uso concomitante com antirretrovirais inibidores de proteases, cetoconazol, eritromicina e genfibrozila.

Posologia.

  • Adultos: Dose inicial de 20-40mg. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg diários. No uso concomitante com os seguintes fármacos, ajustar a dose: Danazol ou ciclosporina: iniciar com 5mg/dia; manutenção: 10mg/dia de sinvastatina. Amiodarona ou verapamil: não exceder 20mg/dia de sinvastatina.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, à noite.
  • Via sonda: o comprimido pode ser disperso em água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amiodarona, amprenavir, atazanavir, azitromicina, benzafibrato, ciprofloxacino, claritromicina, colchicina, ciclosporina, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, ácido fusídico, itraconazol, nelfinavir, saquinavir, varfarina: o uso concomitante poderá resultar em aumento no risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Carbamazepina, deferasirox, efavirenz, oxcarbazepina, fenitoína, rifampicina: poderá resultar na diminuição nos efeitos da sinvastatina.
  • Dasatinibe, imatinibe diltiazem, posaconazol, risperidona, voriconazol: poderá resultar em aumento nos níveis séricos da sinvastatina, elevando seu efeito; monitorar risco de miopatia.
  • Levotiroxina: poderá ocorrer diminuição na eficácia da levotiroxina.

Lactação. Contraindicado.

 

Sulfassalazina

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório; derivado do ácido 5-aminossalicílico (5ASA), seu derivado é a mesalazina.

Apresentação. Comprimido revestido gastrorresistente de 500mg.

Usos. Retocolite ulcerativa, artrite reumatoide.

Contraindicações. Obstrução do trato gastrintestinal ou urinário, porfiria, hipersensibilidade à sulfassalazina, às sulfonamidas ou aos salicilatos. Gestação a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Retocolite ulcerativa: dose inicial de 1g, 3-4x/dia; manutenção com 2g em doses divididas; em pacientes com significativos efeitos no TGI, iniciar com 0,5-1g/dia. Artrite reumatoide: VOvia oral: dose inicial de 0,5-1g/dia, aumentando semanalmente até a dose de manutenção de 2g/dia divididos em 2 doses; máximo: 3g/dia (se a resposta a 2g/dia for inadequada depois de 12 semanas de tratamento).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar durante ou logo após as refeições, com um copo de água para reduzir efeitos de intolerância gastrintestinal. Não administrar com antiácidos.
  • Via sonda: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina: poderá ocorrer diminuição na eficácia da ciclosporina.
  • Digoxina: poderá ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos da digoxina, diminuindo sua eficácia.
  • Glimepirida, glibenclamida: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia excessiva.
  • Mercaptopurina, tioguanina: risco de potencializar efeitos de mielossupressão.
  • Metotrexato: poderá causar hepatotoxicidade.

Lactação. Usar com precaução.

 

Zanamivir

Grupo farmacológico. Antiviral, inibidor da neuraminidase.

Apresentação. Pó, 5mg, embalagem contendo 5 rotadisk, com 4 doses.

Usos. Tratamento da Influenza não complicada, com dois dias ou menos de sintomas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adulto: aplicar 2 inalações de 5mg, 2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via inalatória: Spray: agitar bem o spray antes do uso. Não deve ser reconstituído em qualquer formulação líquida.

Lactação. Contraindicado.

 

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