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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX E CRÂNIO: O QUE O FISIOTERAPEUTA DEVE SABER

Saulo Araújo de Carvalho

Éric da Silva

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Introdução

Os pacientes críticos internados em unidades de terapia intensiva (UTIs) necessitam, com frequência, de diagnósticos rápidos e precisos para que possam ser conduzidos de forma adequada durante sua estadia na unidade. Os métodos de diagnóstico por imagem são ferramentas importantes para o seguimento desses pacientes, tanto para investigação de sinais e sintomas clínicos, confirmação ou descarte de hipóteses diagnósticas, quanto para seguimento de doenças já sabidamente conhecidas e avaliação das respostas ao tratamento.1

Entre os métodos de diagnóstico imaginológico, a tomografia computadorizada (TC) vem ganhando espaço nas últimas décadas, confirmando-se como uma ferramenta com alta sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade para o diagnóstico morfofuncional de um grande número de entidades clínicas comuns ao ambiente de terapia intensiva.1

A TC é uma técnica de imagem que revolucionou o diagnóstico imaginológico. É amplamente disponível, de fácil e rápida aquisição e fornece uma visão detalhada dos órgãos e das estruturas internas, principalmente de compartimentos vitais, como o crânio e o tórax.2

Embora o fisioterapeuta não seja diretamente responsável pelo diagnóstico clínico da doença, a utilização dos métodos de diagnóstico imaginológico faz parte do arsenal de recursos que esse profissional faz uso para uma boa avaliação funcional, bem como para direcionar as condutas fisioterapêuticas. Com isso, é fundamental ter conhecimento técnico do exame de TC a ser interpretado e uma sistematização da avaliação, para que tenha maior sensibilidade diagnóstica e que possa ser solicitado de forma correta, uma vez que se trata de um aparelho que emite radiação ionizante que envolve riscos aos pacientes e aos profissionais da saúde.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer as bases para determinação da validade, reprodutibilidade e aplicabilidade da tomografia de tórax e de crânio para utilização em pacientes críticos nas UTIs;
  • reconhecer os aspectos técnicos e a sistematização da análise da TC de tórax e de crânio;
  • elaborar um passo a passo para interpretação do exame tomográfico de tórax e de crânio no doente crítico em UTI;
  • identificar os achados comumente encontrados em pacientes que apresentam alterações de parede torácica, pleurais, mediastinais e de parênquima pulmonar pela TC de tórax;
  • identificar, por meio da TC de crânio, os sinais de lesão intracraniana, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs), traumatismos cranianos, sinais de hipertensão intracraniana (HIC) e fraturas que comprometem a base do crânio;
  • correlacionar os achados tomográficos com a clínica do doente crítico;
  • avaliar, mediante análise tomográfica, a efetividade de determinadas abordagens fisioterapêuticas guiadas pela TC de tórax e de crânio.

Esquema conceitual

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