- Introdução
Fraturas da cabeça do rádio podem ocorrer isoladamente ou associadas a outras lesões. Se combinadas à luxação do cotovelo são mais complexas, com maior desvio ou cominuição dos fragmentos e, geralmente, com presença de outras fraturas (por exemplo, processo coronoide) ou lesões ligamentares (colaterais lateral e/ou medial). A combinação das fraturas da cabeça do rádio e do processo coronoide com luxação é conhecida como “tríade terrível do cotovelo”.
Na coexistência da tríade terrível do cotovelo, o tratamento pode ser difícil e desafiador. A cabeça do rádio exerce papel essencial na função do cotovelo, e sua fratura pode causar incapacidade importante, como rigidez ou instabilidade. Protocolos atuais de tratamento podem ser empregadas para obtenção dos melhores resultados, reduzindo a incidência de complicações.1–3
Quanto à epidemiologia, fraturas da cabeça do rádio têm incidência de 1,5 a 4% entre todas as fraturas do esqueleto e representam 1/3 casos quando acometem o cotovelo (33% em média). A proporção entre os sexos é aproximadamente 1:1, com pico máximo envolvendo pacientes entre quarta e quinta décadas de vida.1–3
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- descrever a anatomia e a biomecânica das fraturas da cabeça do rádio;
- realizar o diagnóstico clínico e radiológico das fraturas da cabeça do rádio;
- entender a classificação das fraturas da cabeça do rádio;
- proceder ao tratamento das fraturas da cabeça do rádio.
- Esquema conceitual