Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar a fisiopatologia envolvida no hipogonadismo masculino;
- identificar os sinais e sintomas associados ao hipogonadismo masculino;
- discutir o diagnóstico do hipogonadismo masculino;
- reconhecer alternativas terapêuticas à testosterona, suas indicações, formas de uso e possíveis limitações no tratamento do hipogonadismo masculino.
Esquema conceitual
Introdução
O hipogonadismo é uma síndrome clínica caracterizada pela
- deficiência na produção adequada de testosterona, em razão da incapacidade testicular de produzir concentrações fisiológicas adequadas desse hormônio;
- incapacidade testicular de produzir um número adequado de espermatozoides.
Ambas as alterações são causadas por doenças que afetam um ou mais componentes do eixo hipotálamo—hipófise—testículo (HHT).1
Caracterizam-se como hipogonadismo primário aquelas condições que afetam o testículo e se apresentam com baixa função gonadal e com elevação das gonadotrofinas. Já o hipogonadismo secundário é caracterizado quando a alteração no eixo hormonal é hipotalâmico-hipofisária e, dessa forma, manifesta-se com baixa função gonadal e com níveis de gonadotrofinas reduzidas ou inapropriadamente normais.1
Nos últimos anos, foi introduzido o conceito de hipogonadismo funcional. Esse grupo caracteriza-se por condições que suprimem as concentrações de gonadotrofina e testosterona, mas que são potencialmente reversíveis com o tratamento da etiologia subjacente.1
O tratamento clássico para indução e manutenção dos caracteres sexuais secundários e para a melhora dos sintomas clínicos é realizado com a reposição de testosterona. No entanto, em algumas situações, a exemplo de quando se visa à fertilidade, buscam-se alternativas para auxiliar o funcionamento do eixo HHT, como os moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) e a gonadotrofina coriônica humana (hCG).1–3