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VACINAÇÃO EM PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS E PORTADORES DE DOENÇAS AUTOIMUNES

Autores: Marcus Villander Barros de Oliveira Sá, Marina de Sá Gadelha, Jorge Luiz Carvalho Figueiredo, Gustavo Henrique de Sá Miranda Cavalcante Filho, Amanda da Silva Brito, Miriam Barreto Baié
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar os grupos de medicações antirreumáticas modificadoras de doença (DMARDs) atualmente existentes;
  • avaliar adequadamente pacientes portadores de doenças reumáticas autoimunes (DRAI) antes da vacinação, entendendo o melhor momento e as particularidades das principais vacinas indicadas;
  • reconhecer as possibilidades de comprometimento da eficácia das vacinas, dependendo da medicação imunossupressora utilizada.

Esquema conceitual

Introdução

As medicações imunossupressoras têm um papel importante no manejo clínico das doenças autoimunes, de modo que, hoje, são essenciais para o adequado controle dessas doenças.

Pacientes imunossuprimidos pelo uso dessas medicações têm o sistema imunológico debilitado e, consequentemente, estão mais susceptíveis a infecções graves e sepse.1 Nesse sentido, complicações infecciosas são uma causa importante de morbidade e mortalidade nesse perfil de pacientes, sobretudo os portadores de DRAI, grupo de doenças cujo pilar terapêutico são as DMARDs, compostas por terapias imunossupressoras/moduladoras e/ou por terapias biológicas.2,3

Nesse contexto, a prevenção de doenças infecciosas por meio de imunização com vacinas disponíveis se torna uma estratégia-chave para uma melhor sobrevida desses pacientes a longo prazo. Ressalta-se que patógenos comuns evitáveis por vacinação incluem tanto aqueles transmitidos por via respiratória (por exemplo, Sars-CoV-2, influenza, pneumococo e varicela-zoster), quanto aqueles transmitidos por outras vias (por exemplo, hepatite viral A e B e febre amarela).

Dado o risco elevado de proliferação de cepas de vacinas vivas atenuadas em imunossuprimidos, contraindica-se a aplicação em pacientes com imunossupressão ativa, sendo permitidas apenas após um cuidadoso equilíbrio entre risco e benefício.1

Dessa forma, faz-se necessário que o médico clínico possua domínio de alguns pontos importantes acerca desse contexto, a fim de que, com base nas recomendações atuais, possa fornecer um melhor cuidado para essa parcela desafiadora de pacientes.

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