Reabilitação nas lesões claviculares e escapulares

Autores deste artigo

• FELIPE DE SOUZA SERENZA

• MARCELA CAMARGO TOZZO

• CAROLINA MATIELLO SOUZA

• LETÍCIA JONAS DE FREITAS

• GIOVANNA DUTRA SCAGLIONE

• ANAMARIA SIRIANI DE OLIVEIRA

Resumo

Este artigo aborda o papel do fisioterapeuta na reabilitação de fraturas de escápula e clavícula, bem como de luxação acromioclavicular (LAC) e de luxação esternoclavicular (LEC), iniciando com a apresentação de dados epidemiológicos dessas lesões e de fatores psicossociais associados, como medo de dor e recidiva, depressão e expectativa do paciente. Em relação ao tempo de reparo dos tecidos envolvidos, o processo de cicatrização varia conforme a gravidade da lesão e o tipo de tecido. São revisados os protocolos de reabilitação disponíveis na literatura, que incluem o tratamento das disfunções mais comuns: dor, fraqueza muscular e diminuição de amplitude de movimento (ADM). Também são discutidas as principais complicações menos esperadas, como rigidez articular pós-traumática e lesões de nervos periféricos. As recomendações para condução da avaliação baseada na Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF) e tratamento fisioterapêutico desses traumas são apresentadas, destacando os principais objetivos do tratamento: redução da dor, recuperação da ADM e melhora da força muscular. São descritas propostas de protocolos que se valem das principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas, como mobilização articular e treinamento muscular para recuperação de força e função. Por fim, enfatiza-se a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento dessas lesões, envolvendo, além da fisioterapia, especialidades como ortopedia e terapia ocupacional. São apontadas as limitações da literatura científica atual em relação a esses traumas e a necessidade de novos estudos para aprimorar as estratégias de avaliação e de tratamento fisioterapêutico.

Palavras-chave

Fratura; Luxação; Reabilitação; Funcionalidade