RECURSOS PARA AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA OXIGENOTERAPIA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Autores deste artigo

• MARDEN JUNIO SOUSA FERREIRA

• ROBERT DOUGLAS COSTA DE MELO

• THIAGO AUGUSTO SOBRAL MANGUEIRA

• WALTER DE AQUINO VIEIRA FILHO

Resumo

A oxigenoterapia busca reverter situações deletérias momentâneas ou permanentes da hipoxia tecidual. Possui como base a oferta de oxigênio superior a 21% por meio de dispositivos com variabilidade de indicações e desempenho. A Lei de Fick pode explicar a taxa de transferência desse gás entre os lados da membrana alvéolo-capilar na forma dissolvida no sangue ou ligada na hemoglobina. Para avaliação da efetividade desse suplemento de oxigênio, existem vários índices. Neste artigo, serão abordados pressão parcial de oxigênio no sangue arterial (PaO2), saturação arterial de oxigênio (SaO2), saturação periférica de oxigênio (SpO2), conteúdo arterial de oxigênio, relação entre PaO2 e fração inspirada de oxigênio (FiO2), gradiente alvéolo-arterial de oxigênio, relação artério-alveolar, índice respiratório e Índice de Rox. A partir da análise dos índices à luz da literatura relacionada, é inferido que quanto mais dependente da FiO2 é o índice, mais variável e sujeito ao erro ele será. Ainda assim, quando usados à beira do leito, se o gradiente alvéolo-arterial de oxigênio e a relação artério-alveolar estiverem normais, é possível excluir incompatibilidade relação ventilação—perfusão (V/Q), aumento da taxa de extração de oxigênio e defeitos de difusão como causas de hipoxia. Por fim, a suplementação criteriosa pode evitar o excesso da produção de espécies reativas de oxigênio, impedindo, assim, um estado celular de estresse oxidativo.

Palavras-chave

Oxigenoterapia; Unidade de terapia intensiva; Insuficiência respiratória