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A FISIOTERAPIA ESPORTIVA NO CONTEXTO DO SKATEBOARD

Autores: Ricardo Goncalves Schröder, Alison Leff Paz, Leo Assis Brasil
epub-PROFISIO-ESP-C11V4_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as características da prática do skate (história, EPIs, tipos de skate, modalidades);
  • identificar os principais gestos corporais envolvidos com o skateboard;
  • descrever as principais lesões no skateboard;
  • demonstrar estratégias de tratamento e prevenções de lesões musculoesqueléticas com base na epidemiologia do esporte.

Esquema conceitual

Introdução

A prática do skateboard é difundida mundialmente desde meados dos anos 60, o qual é um esporte popularmente reconhecido como de rua, muitas vezes rotulado como um estilo de vida e não como um esporte. Com a recente inclusão da modalidade no calendário olímpico, o esporte ganhou mais visibilidade e popularidade, fazendo com que o número de praticantes, assim como o número de lesões associadas à prática tivessem um aumento exponencial.

Lesões traumáticas associadas a quedas, assim como lesões crônicas associadas a uma sobrecarga e a movimentos repetitivos sofrem influência de um comportamento contraditório, mas único quanto ao autocuidado quando se fala de equipamentos de proteção individual (EPIs). Tendo em vista o nível de exigência técnico e físico do skateboard, fica evidente que se trata de uma modalidade por muito tempo subestimada do ponto de vista biomecânico e fisiológico. Tem as investigações epidemiológicas como melhores referências científicas a seu respeito.

Praticar o skateboard é expor-se a lesões, movimentos constantes de saltos e aterrissagens associados a agachamentos e rotações, em pistas com obstáculos ou em altura significativa, que dão o tom do nível de dificuldade do esporte. Devido a esse nível elevado, as sessões de treino diárias podem durar horas, tornando-se uma mistura de tentativa e erro em que o resultado final varia desde"estar com o skate no pé" até uma lesão musculoesquelética por sobrecarga ou trauma.

A educação na prevenção de lesões e o acompanhamento do atleta, desde a infância até a idade adulta, pode ser um determinante da sua continuidade na modalidade. Controle de volume de treino, estratégias de recuperação, educação corporal (controle motor), automobilização miofascial, assim como exercícios de mobilidade articular, podem ser adotados pelo atleta no intuito de manejar o próprio corpo, uma vez que o skate é um esporte individual.

O manejo clínico do skate não foge muito do que se vê na prática preventiva, assim, utilizam-se recursos eletrotermofototerápicos e a terapia manual no intuito de reduzir processos dolorosos oriundos de traumas e sobrecarga tecidual. Orientações de fortalecimento muscular, associadas a treinos proprioceptivos (sensoriomotor), de agilidade e salto/aterrissagens dão o tom funcional para a reabilitação (recuperação) e a prevenção de lesões associadas ao skateboard. Espera-se que este capítulo contribua para a construção de um raciocínio clínico baseado nas principais demandas biomecânicas, funcionais, do esporte, nas particularidades do skateboard.

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