OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- reconhecer a relevância das emoções na reabilitação física;
- direcionar o raciocínio clínico do fisioterapeuta esportivo para exposição física como ferramenta terapêutica para intervenções esportivas na mudança de comportamentos.
Esquema conceitual
INTRODUÇÃO
Para iniciar o estudo neste capítulo, é importante que se faça uma reflexão a respeito dos atletas.
Um físico com alguma avaria, mas um emocional forte = rendimento satisfatório. Um físico sem avarias, mas um emocional desorientado = rendimento insatisfatório. Um físico sem avarias e um emocional forte = rendimento mais satisfatório possível.
É com esse pensamento que se deve começar a entender as variáveis psicossociais que interferem na qualidade emocional e de rendimento corporal, seja deteriorando um rendimento de um corpo hígido ou seja produzindo variáveis que, somadas, corroboram com a construção dolorosa ou construção de uma lesão.
A influência emocional no desempenho esportivo é um tema muito estudado na psicologia do esporte, que busca compreender como os fatores psicológicos afetam o rendimento dos atletas e equipes. Os estudos se expandem para o raciocínio clínico dos fisioterapeutas esportivos, visto que as emoções devem ser consideradas e podem ser aprimoradas via intervenções físicas. O conhecimento científico permite que se faça uma afirmação: a gestão emocional via físico por fisioterapeutas é o “pulo do gato” dos treinamentos sob reabilitação, típicos de fisioterapeutas esportivos e nem sempre considerado nos processos de tratamento.
É importante entender o básico primeiro antes de se pensar nas questões psicossociais, visto que, antes da influência biopsicossocial na construção dolorosa e “lesional”, há a experiência emocional que rege o sofrimento físico, em conjunto com a experiência sensitiva.1 Algumas das emoções mais comuns no contexto esportivo são a ansiedade, a raiva, a alegria, a tristeza e o medo.