Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir e classificar a fasciopatia;
- identificar os possíveis fatores de risco e o prognóstico da fasciopatia;
- desenvolver o raciocínio clínico na avaliação da fasciopatia;
- definir as melhores abordagens para intervir na fasciopatia;
- discutir, de maneira adequada, com o paciente sobre a tomada de decisão clínica em casos de fasciopatia.
Esquema conceitual
Introdução
A fasciopatia é uma condição clínica caracterizada por dor na região medial da fáscia plantar, que é exacerbada durante atividades de descarga de peso após períodos de inatividade prolongada. Trata-se de um dos eventos musculoesqueléticos mais comuns do pé e gera custos consideráveis para o sistema de saúde. Seu prognóstico é favorável, mas, em alguns casos, pode permanecer por mais de 12 meses após o início do episódio. A carga excessiva na aponeurose plantar tem sido atualmente reportada como a causa dessa condição de saúde.
O diagnóstico é clínico e baseia-se na avaliação de sinais e sintomas do paciente e na realização de testes específicos para confirmar e/ou descartar outras condições. Para seu gerenciamento efetivo, o fisioterapeuta deve estar ciente sobre a melhor evidência e tomar decisões compartilhadas com o paciente, considerando o que é clinicamente relevante para o indivíduo, suas preferências e percepções.
Se o paciente for atleta, o fisioterapeuta esportivo deve determinar objetivos claros, específicos e relevantes junto a ele, e que sejam mensuráveis e alcançáveis em um determinado tempo. Por meio da tomada de decisão compartilhada com o paciente/atleta, deve-se otimizar a aderência e a autoeficácia em intervenções efetivas.