- Introdução
A cefaleia é uma condição muito prevalente, sendo responsável por 9% das consultas por problemas agudos em atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde) no Brasil.1
A enxaqueca – ou migrânea – é um tipo de cefaleia primária que afeta cerca de 12% da população. Além de muito prevalente, a enxaqueca ocupa a sétima posição entre todas as doenças incapacitantes, na escala de “anos vividos com incapacidade”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).1
Em vista disso, preconiza-se que o médico de família e comunidade (MFCmédico de família e comunidade) seja capaz de identificar, diagnosticar e tratar essa doença, e possa oferecer ao paciente o suporte adequado diante das dificuldades que ele possa vir a enfrentar no processo de adoecimento, sejam de ordem física, sejam de ordem emocional.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa
- reconhecer os fatores de risco da enxaqueca;
- realizar anamnese e exame físico dos pacientes que se apresentam com queixa de cefaleia;
- discernir os casos em que é indicada avaliação complementar por meio de exames de imagem e identificar as situações em que é necessário encaminhamento do paciente à urgência ou ao especialista;
- reconhecer os subtipos de enxaqueca e realizar o diagnóstico diferencial em relação a outras patologias;
- realizar o tratamento adequado ao tipo de enxaqueca diagnosticado nos casos sob sua responsabilidade.
- Esquema conceitual