- Introdução
Este artigo aborda a identificação das bradicardias no serviço de emergência e o reconhecimento de quais delas apresentam alto índice de mortalidade e a forma de tratamento de cada uma. As arritmias cardíacas correspondem a distúrbios do ritmo cardíaco e têm um amplo espectro de apresentação clínica e tratamento.
Bradicardias ou bradiarritmias são alterações do ritmo e/ou da frequência cardíaca (FCfrequência cardíaca), caracterizadas por redução da FCfrequência cardíaca.
As bradicardias absolutas são aquelas que apresentam uma FCfrequência cardíaca menor do que 60bpm. Entretanto, existem as bradicardias relativas, em que a FCfrequência cardíaca está maior do que 60bpm, porém, mediante a situação clínica do paciente (choque hipovolêmico, sepse, entre outras), seria esperada uma FCfrequência cardíaca mais elevada do que a encontrada.
LEMBRAR
Nem toda FCfrequência cardíaca abaixo de 60bpm é considerada patológica. É comum, em pacientes com bom preparo físico (como os atletas), a FCfrequência cardíaca de repouso estar em torno de 50bpm, sem gerar qualquer repercussão ao organismo.
Pacientes com queixas que possam ter origem cardiológica ou com FCfrequência cardíaca alterada ao exame físico devem ser submetidos ao eletrocardiograma (ECGeletrocardiograma) de 12 derivações imediatamente.
Especial atenção ao ECGeletrocardiograma deve ser dada, buscando-se:
- presença ou não da onda P, sua frequência e morfologia;
- intervalo PR;
- correlação entre ondas P e complexos QRS (correlação entre sístole atrial e sístole ventricular);
- presença de bloqueios de ramo ou de hemibloqueios.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar sinais e sintomas de bradicardias;
- diferenciar os tipos de bradicardia;
- realizar o manejo correto das arritmias;
- reconhecer os casos de arritmias com necessidade de indicação de uso de marca-passo transcutâneo ou transvenoso.