- Introdução
A sepse é uma condição clínica comum, de alto risco de morte e de alto custo de tratamento. A definição de sepse evoluiu consideravelmente nos últimos anos e culminou na última definição (Sepsis 3.0) realizada com uma metodologia baseada em dados.1
Pode-se definir, de forma ampla, a sepse como um quadro em que ocorre disfunção orgânica ameaçadora à vida devido a uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção.
Dada a grande importância do ponto de vista epidemiológico, a mortalidade e os desfechos de longo prazo associados à sepse,2,3 é fundamental entender as melhores práticas no manejo do paciente com sepse e choque séptico (CSchoque séptico) para atingir melhores desfechos. Neste artigo, serão abordados desde aspectos epidemiológicos e fisiopatológicos até os aspectos mais práticos para obter os melhores resultados à beira do leito.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- avaliar a magnitude do problema que a sepse e o CSchoque séptico representam para saúde pública;
- descrever a fisiopatologia da sepse e do CSchoque séptico;
- realizar o manejo infeccioso adequado do paciente com sepse e CSchoque séptico, incluindo investigação microbiológica apropriada;
- indicar o tratamento antimicrobiano adequado em caso de sepse e CSchoque séptico e controle do foco infeccioso;
- fazer o manejo hemodinâmico do paciente com sepse com hipotensão ou CSchoque séptico;
- implementar medidas de suporte apropriadas no contexto das infecções graves e seu impacto nos desfechos;
- avaliar o impacto em longo prazo da sepse e sua relação com terminalidade e cuidados paliativos.
- Esquema conceitual