Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- descrever os conceitos básicos em cuidados paliativos aplicados à atenção domiciliar e à atenção primária à saúde;
- fornecer estratégias para o gerenciamento em cuidados paliativos;
- analisar as evidências relacionadas ao custo-benefício dos cuidados paliativos a partir de sua implementação nos serviços de saúde;
- esquematizar o processo de enfermagem aplicado à assistência de enfermagem em cuidados paliativos em domicílio.
Esquema conceitual
Introdução
Os cuidados paliativos (CPs) consistem em uma abordagem multidisciplinar visando à melhora da qualidade de vida e do conforto dos pacientes e de seus familiares frente a condições ameaçadoras de vida. Podem ser ofertados em todos os níveis de atenção. Quando é possível oferecê-los fora do contexto hospitalar, há infinitas possibilidades e desafios. Entre os mais importantes, está a sua implementação na atenção primária à saúde (APS) e na atenção domiciliar (AD).1
Os CPs estão inseridos no conjunto de ações previstas na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), aliados às ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e vigilância em saúde na APS.2
A Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016, do Ministério da Saúde, redefiniu a AD à luz do Sistema Único de Saúde (SUS), aplicando as indicações para essa modalidade assistencial e inserindo os CPs no rol de ações.3
Dessa forma, garantir a assistência em CPs na APS e na AD reafirma o princípio da integralidade e equidade e corrobora para a qualidade da assistência. Diante disso, devem ser pontuados os percalços que envolvem essa assistência e as estratégias a serem adotadas pela micro e macrogestão envolvendo ativamente o profissional de enfermagem.