■ Introdução
Choque é um dos diagnósticos mais frequentes em unidades de terapia intensiva (UTIs) em todo o mundo, chegando a acometer um terço dos pacientes admitidos nessas unidades.1 Quadros de choque caracterizam-se pela presença de hipoperfusão e de oxigenação inadequada aos tecidos, a qual, se prolongada, leva à falência múltipla de órgãos e ao óbito do paciente.2
O diagnóstico precoce e o início de medidas terapêuticas imediatas e adequadas nos casos de choque representam a melhor chance de bom prognóstico para esses pacientes, os quais permanecem com elevadas taxas de morbidade e de mortalidade.3
O primeiro desafio na condução dos casos de choque consiste no reconhecimento dos sinais mais precoces de hipoperfusão, os quais, idealmente, devem ser identificados antes mesmo da instalação de hipotensão.2
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- ■ identificar os sinais precoces dos quadros de choque;
- ■ avaliar e corrigir as variáveis fisiológicas determinantes da oferta tecidual de oxigênio (DO2);
- ■ realizar medidas de estabilização inicial do paciente;
- ■ fazer diagnóstico diferencial por meio de investigação apropriada;
- ■ iniciar terapêutica definitiva de acordo com diagnóstico etiológico.
■ Esquema conceitual