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TERAPIA ANTIFÚNGICA NA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO: QUANDO USAR

Autor: Angela Valeria Correia
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Introdução

Infecção fúngica invasiva é uma complicação, bem documentada, de várias condições e procedimentos que resultam em imunossupressão e incluem:

 

  • transplantes;
  • infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIVvírus da imunodeficiência humana);
  • tratamento de neoplasias malignas.

Durante as últimas décadas, fungos oportunistas emergiram como sérias ameaças nosocomiais, particularmente entre pacientes de unidades de tratamento intensivo (UTIunidade de tratamento intensivos). O aumento de candidíase invasiva observado em pacientes críticos foi de mais de dez vezes desde a década de 1980. A mortalidade atribuída a Candida varia de 20 a 40%, dependendo da população de pacientes estudada.1

As infecções fúngicas em UTIunidade de tratamento intensivos tornaram-se mais proeminentes tanto em unidades adultas quanto pediátricas, especialmente nas UTIunidade de tratamento intensivos cirúrgicas. Os patógenos envolvidos são as leveduras e bolores de Candida e Aspergillus.

A Candida responde por mais de 80% dos isolados de fungos em infecções nosocomiais, enquanto as demais são infecções por Aspergillus.2 Mais de 10% de todas as infecções de corrente sanguínea são causadas por Candida spp.3

A candidíase invasiva tem sido associada com sepse severa, choque séptico e falência de múltiplos órgãos, com características clínicas que se assemelham àquelas causadas por patógenos bacterianos.4-7

A candidemia pode resultar de fontes endógenas (gastrintestinal) ou exógenas (por exemplo, cateter venoso central).

A infecção por Candida é uma das infecções mais comuns de corrente sanguínea, perdendo apenas para Staphylococcus coagulase-negativo e Staphylococcus aureus.8

Infelizmente, apesar dos recentes avanços na terapia antifúngica, tais como a disponibilidade de triazólicos de espectro estendido e a classe das equinocandinas, as taxas de resposta permanecem subótimas.1

Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • identificar pacientes críticos de risco para o desenvolvimento de infecção fúngica invasiva;
  • estabelecer regimes de tratamento antifúngico profiláticos, pré-emptivos ou curativos para pacientes em UTIunidade de tratamento intensivo;
  • distinguir entre cada um dos novos agentes antifúngicos as suas vantagens e desvantagens na unidade de cuidados intensivos (UCI).

Esquema conceitual

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