■ Introdução
Infecção fúngica invasiva é uma complicação, bem documentada, de várias condições e procedimentos que resultam em imunossupressão e incluem:
- ■ transplantes;
- ■ infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIVvírus da imunodeficiência humana);
- ■ tratamento de neoplasias malignas.
Durante as últimas décadas, fungos oportunistas emergiram como sérias ameaças nosocomiais, particularmente entre pacientes de unidades de tratamento intensivo (UTIunidade de tratamento intensivos). O aumento de candidíase invasiva observado em pacientes críticos foi de mais de dez vezes desde a década de 1980. A mortalidade atribuída a Candida varia de 20 a 40%, dependendo da população de pacientes estudada.1
As infecções fúngicas em UTIunidade de tratamento intensivos tornaram-se mais proeminentes tanto em unidades adultas quanto pediátricas, especialmente nas UTIunidade de tratamento intensivos cirúrgicas. Os patógenos envolvidos são as leveduras e bolores de Candida e Aspergillus.
A Candida responde por mais de 80% dos isolados de fungos em infecções nosocomiais, enquanto as demais são infecções por Aspergillus.2 Mais de 10% de todas as infecções de corrente sanguínea são causadas por Candida spp.3
A candidíase invasiva tem sido associada com sepse severa, choque séptico e falência de múltiplos órgãos, com características clínicas que se assemelham àquelas causadas por patógenos bacterianos.4-7
A candidemia pode resultar de fontes endógenas (gastrintestinal) ou exógenas (por exemplo, cateter venoso central).
A infecção por Candida é uma das infecções mais comuns de corrente sanguínea, perdendo apenas para Staphylococcus coagulase-negativo e Staphylococcus aureus.8
Infelizmente, apesar dos recentes avanços na terapia antifúngica, tais como a disponibilidade de triazólicos de espectro estendido e a classe das equinocandinas, as taxas de resposta permanecem subótimas.1
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- ■ identificar pacientes críticos de risco para o desenvolvimento de infecção fúngica invasiva;
- ■ estabelecer regimes de tratamento antifúngico profiláticos, pré-emptivos ou curativos para pacientes em UTIunidade de tratamento intensivo;
- ■ distinguir entre cada um dos novos agentes antifúngicos as suas vantagens e desvantagens na unidade de cuidados intensivos (UCI).
■ Esquema conceitual