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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO

Autor: Victor Celso Cenciper Fiorini
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  • Introdução

Os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos (AVCHacidente vascular cerebral hemorrágicos) podem ser de dois tipos: hemorragia intraparenquimatosa (HIPhemorragia intraparenquimatosa) ou hemorragia subaracnóidea (HSAhemorragia subaracnóidea). A HIPhemorragia intraparenquimatosa geralmente é decorrente de hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica) não controlada. Suas manifestações clínicas são muito semelhantes às do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCIacidente vascular cerebral isquêmico), incluindo déficits neurológicos focais de instalação súbita. A correta identificação da HIPhemorragia intraparenquimatosa inclui a realização de uma tomografia de crânio (TCtomografia de crânio) sem contraste. O paciente com HIPhemorragia intraparenquimatosa deve ser tratado em unidade de terapia intensiva (UTIunidade de terapia intensiva), submetido a medidas para controle de pressão arterial (PApressão arterial) e receber cuidados específicos.

A HSAhemorragia subaracnóidea costuma manifestar-se com cefaleia de início súbito e intensidade muito grave. Seu diagnóstico é feito por meio da TCtomografia de crânio, e, em casos cujo exame seja normal, pela punção lombar. O paciente com HSAhemorragia subaracnóidea deve ser submetido prontamente a uma arteriografia para que se encontre a causa do sangramento, cuja maior parte das vezes é pela ruptura de um aneurisma cerebral. O aneurisma encontrado deve ser rapidamente ocluído, seja por via neurocirúrgica ou mediante embolização por via angiográfica.

Após o tratamento do aneurisma, o paciente deve permanecer na UTIunidade de terapia intensiva por cerca de duas semanas, para prevenção e tratamento das complicações mais tardias da HSAhemorragia subaracnóidea: vasoespasmo e hidrocefalia. Nesse período, o paciente permanece sob constante vigilância e recebendo os cuidados adequados. A observação de todos os protocolos de conduta estabelecidos, baseados nas principais evidências clínicas, torna mais eficaz o tratamento dos pacientes, minimizando as sequelas e reduzindo o risco de óbito.

Assim, neste artigo, pretende-se munir o leitor com conhecimento suficiente para identificar um paciente com suspeita de AVCHacidente vascular cerebral hemorrágico de forma rápida, realizar a investigação etiológica e iniciar seu tratamento, evitando iatrogenias ou sequelas decorrentes de prescrição equivocada de medicações ou de medidas não farmacológicas inadequadas.

Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar as principais manifestações clínicas apresentadas por um paciente com suspeita de AVCHacidente vascular cerebral hemorrágico;
  • diferenciar o AVCHacidente vascular cerebral hemorrágico entre os tipos HIPhemorragia intraparenquimatosa e HSAhemorragia subaracnóidea;
  • realizar a investigação etiológica do AVCHacidente vascular cerebral hemorrágico;
  • indicar as condutas para o tratamento de AVCHacidente vascular cerebral hemorrágico, evitando iatrogenias ou sequelas decorrentes de prescrição equivocada de medicações ou de medidas não farmacológicas inadequadas.
  • Esquema conceitual
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