- Introdução
As urgências médicas por animais aquáticos estão associadas a ouriços-do-mar (50%), águas-vivas e caravelas (25%) e peixes venenosos (25%), especialmente bagres marinhos e fluviais e arraias. Existem diferenças importantes entre a epidemiologia e os aspectos clínicos em acidentes causados por animais marinhos e fluviais que devem ser compreendidos para o estabelecimento de medidas corretas de tratamento das vítimas.
Em todo acidente por animal aquático, a avaliação médica é essencial e é feita, geralmente, no atendimento de urgência, devido à dor e aos possíveis fenômenos sistêmicos causados pelos traumas e venenos.
O Brasil apresenta uma linha costeira de aproximadamente 8.500km e a maior rede de água doce do mundo. Com isso, alguns animais aquáticos podem provocar, de modo potencial, contatos perigosos com humanos, em especial, banhistas, pescadores amadores e profissionais e mergulhadores, o que pode causar emergências médicas de origem traumática e por envenenamentos.1–11
Os principais animais aquáticos associados com acidentes em humanos, reunidos em função da frequência e gravidade dos acidentes, são os cnidários (águas-vivas e caravelas), os equinodermos (ouriços-do-mar) e os peixes.1–11
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- descrever os mais frequentes traumas e envenenamentos causados por animais aquáticos;
- distinguir os organismos causadores e seus recursos diagnósticos clínicos e laboratoriais;
- identificar as medidas terapêuticas empregadas nos primeiros socorros e as condutas hospitalares clínicas e cirúrgicas em situações de emergência.
- Esquema conceitual