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INCIDENTE DE MÚLTIPLAS VÍTIMAS E DESASTRES

Autores: Jorge Michel Ribera, Ricardo Vanzetto, Maria Cecilia de Toledo Damasceno
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  • Introdução

A evolução tecnológica e a urbanização, devido ao aumento da densidade demográfica, em associação com a maior mobilidade da população, têm causado sinistros em volume e gravidade crescentes. Em contrapartida, a medicina evoluiu muito, em decorrência desses eventos, redimensionando o tamanho e peso dos equipamentos médicos, facilitando sua mobilização ao evento ocorrido e propiciando a instalação de um “hospital de campanha”.1,2

O atendimento pré-hospitalar, em caso de múltiplas vítimas e desastres, necessita que se abrevie a percepção médica, selecionando as vítimas mais graves, interpondo as terapias vitais, para que o sucesso maior seja alcançado no ambiente intra-hospitalar, para uma maioria de vítimas com a menor morbidade possível diante de um fato nefasto.1,2 Entre esses fatos que ocasionam desastres, está a agressividade das mudanças climáticas, diante da fragilidade dos centros urbanos, sem grande capacidade de drenagem, e o comprometimento do solo (grande volume de água por metro quadrado) em áreas anteriormente julgadas seguras, determinando avalanches de terra, e em áreas de risco.

Os abalos sísmicos também são exemplo de fatores que ocasionam desastres, mesmo no Brasil, que não se apoia sobre nenhuma falha ou entre placas tectônicas, mas apresentou recentemente um terremoto de 5,0 na escala Richter.

Incidentes terroristas, movimentos sísmicos ou explosões ambientais, bem como edificações mal construídas ou deterioradas, podem determinar o colapsamento estrutural com múltiplas vítimas em qualquer área urbana.

Acidentes aéreos ocorrem, apesar de toda a cautela e dos protocolos de manutenção exigidos para evitá-los. Em 2009, o índice de acidentes no Brasil era de 1,44 acidentes para cada 1 milhão de voos. A média internacional era de 0,722. Nos EUA, era de 0,21, e na Europa, de 0,32. Em 2015, segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), houve uma queda de 32% do número de acidentes e incidentes aéreos na aviação comercial, ocorridos no território brasileiro, com registro de 185 ocorrências em 2012 contra 126 em 2015.3

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • visualizar e conduzir uma cena com múltiplas vítimas;
  • manter atenção à segurança da cena para que ele e outras pessoas que auxiliam nos trabalhos de socorro e atendimento não se tornem novas vítimas;
  • informar à central de atendimento as possíveis causas do evento, os riscos, a situação no local, o número estimado de vítimas e suas necessidades;
  • atribuir fluidez nos atendimentos de pacientes graves, encaminhando-os para centros especializados de referência.

 

  • Esquema conceitual
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